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Pressão sobre dívida lusa segue em alta no dia em que retorna ao mercado

Pedido de resgate econômico não reduziu efeitos do endividamento do país

Cerca de 80 bilhões de euros para os próximos três anos são necessários para ajudar financeiramente o país (Rodrigo César/EXAME.com)

Cerca de 80 bilhões de euros para os próximos três anos são necessários para ajudar financeiramente o país (Rodrigo César/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 06h30.

Lisboa - A pressão sobre a dívida soberana de Portugal voltou a aumentar nesta quarta-feira, quando o país retorna ao mercado primário para tentar colocar 1,75 bilhão de euro em títulos a três e seis meses.

Este será o primeiro leilão de bônus portugueses desde que o país solicitou oficialmente a ajuda da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 6 de abril, devido a sua dificuldade para obter financiamento pelos elevados juros que recaem sobre sua dívida.

Enquanto isso, no mercado secundário - onde se produz a compra e a venda destes mesmos títulos e do qual participam apenas entidades financeiras -, a rentabilidade exigida para adquirir obrigações portuguesas bateu novos máximos históricos.

A dívida soberana de Portugal há dez anos era cotada no começo da manhã a 9,127%, o que representa um novo recorde desde que o euro entrou em vigor.

As obrigações com vencimento a cinco anos continuavam sua escalada e chegavam a 10,778%.

A dívida lusa a dois anos seguia a mesma tendência, a 10,172%, 5,5 vezes mais alto que os juros do bônus alemão, utilizado como referência.

Por enquanto, o pedido de resgate de Portugal não serviu para diminuir a pressão sobre sua dívida, apesar das reuniões que mantêm em Lisboa representantes da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI com os setores mais representativos da vida política e econômica lusa.

O resgate financeiro do país está estimado em cerca de 80 bilhões de euros para os próximos três anos.

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