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Pressão sobre a dívida soberana de Portugal continua em declínio

A diminuição reduziu os juros que penalizam os títulos portugueses a dois anos para menos de 12% pela primeira vez nos últimos dois meses

Com os resultados positivos, o prêmio de risco de Portugal rondava os 830 pontos básicos, longe dos mil pontos que chegou a ultrapassar em julho (Marcel Salim/EXAME.com)

Com os resultados positivos, o prêmio de risco de Portugal rondava os 830 pontos básicos, longe dos mil pontos que chegou a ultrapassar em julho (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 11h43.

Lisboa - A pressão sobre a dívida soberana de Portugal voltou a diminuir notavelmente nesta terça-feira, o que reduziu os juros que penalizam os títulos portugueses a dois anos para menos de 12% pela primeira vez nos últimos dois meses.

A ajuda do Banco Central Europeu (BCE) à Espanha e à Itália através da compra de sua dívida no mercado secundário com o objetivo de interromper a alta de seus juros teve efeito nos mercados.

As obrigações portuguesas a dois anos, que eram cotadas a mais de 20% em 18 de julho caíram para 11,72% nesta terça-feira, o que representa também uma queda de mais de 1% em relação à segunda-feira.

Igualmente significativa foi a queda da rentabilidade exigida pelos investidores para os títulos portugueses a cinco anos, e que caíram mais de 1% em apenas 24 horas, para 12,48%.

A dez anos - o prazo de referência - também se percebeu o alívio desta pressão dos mercados, já que os juros se situaram em 10,60%, quase meio ponto a menos que na segunda-feira.

Desta forma, o prêmio de risco de Portugal - ou seja, a diferença em relação ao bônus alemão - rondava os 830 pontos básicos, longe dos mil pontos que chegou a ultrapassar em julho.

O contínuo aumento da pressão sobre a dívida portuguesa registrado desde outubro de 2010 teve seu ponto mais crítico em meados de julho, pouco depois que a agência Moody's reduziu a qualificação creditícia de Portugal até o nível "Ba2", já considerado "bônus lixo".

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