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Presidentes da América Central discutem segurança e tráfico

Serão discutidos temas que afetam a região, como a migração, o tráfico de drogas, o combate ao crime organizado e a segurança, além do comércio inter-regional


	Tráfico de pessoas: o tema do tráfico de pessoas e a migração merece destaque devido à grande quantidade de centro-americanos que tentam cruzar a fronteira no Norte do México e chegar aos Estados Unidos.
 (Peter Parks/AFP)

Tráfico de pessoas: o tema do tráfico de pessoas e a migração merece destaque devido à grande quantidade de centro-americanos que tentam cruzar a fronteira no Norte do México e chegar aos Estados Unidos. (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Bogotá - Começa hoje (20), em São José da Costa Rica, capital costarriquenha, a cúpula de presidentes do Sistema de Integração Centro-Americano (Sica). Além dos países da América Central, o evento terá a participação especial do México. Serão discutidos temas que afetam a região, como a migração, o tráfico de drogas, o combate ao crime organizado e a segurança, além do comércio inter-regional.

A presidenta da Costa Rica, Laura Chinchilla, que ocupa a presidência pro tempore do Sica, disse que os problemas em discussão fazem parte da agenda comum dos países integrantes do sistema. “Buscaremos redefinir como vamos combater o narcotráfico, o tráfico de pessoas e o crime organizado”, acrescentou Chinchilla.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a América Central é a principal rota utilizada pelos cartéis mexicanos e sul-americanos para escoamento da cocaína produzida na Colômbia e no Peru para os Estados Unidos. De acordo com a ONU, pela região passariam quase 90% da droga que chega aos Estados Unidos.

O tema do tráfico de pessoas e a migração merece destaque devido à grande quantidade de centro-americanos que tentam cruzar a fronteira no Norte do México e chegar aos Estados Unidos. Na tentativa de migrar, milhares de pessoas acabam sendo vítimas de extorsões e assassinatos pelo crime organizado.

A presidenta costa-riquenha destacou que esses não são os únicos pontos importantes da agenda. Segundo ela, com a participação do México, o Sica irá analisar a possibilidade de unir os tratados comerciais, como por exemplo o que o México tem com o chamado Triângulo Norte Centro-Americano - El Salvador, Guatemala, Honduras. “A ideia é incorporar também a Costa Rica e a Nicarágua”, explicou Chinchilla.


O presidente mexicano Enrique Peña Nieto também ressaltou à TV estatal Telesur a importância da cúpula. Para ele, “o México é uma nação latino-americana estreitamente vinculada à América Central. Buscamos fortalecer os vínculos, a relação comercial e promover a integração regional”. Uma das propostas para viabilizar a integração comercial é implementar um acordo comercial único.

Neste mês de fevereiro, o Sica completou 20 anos. O sistema foi criado em 2013 e é composto por sete países-membros: Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá. A República Dominicana é um país associado e o Brasil, México, Chile, a Argentina, o Peru e os Estados Unidos participam como observadores regionais.

Além disso, a China, Espanha, Alemanha, França, Austrália e o Japão são observadores extra-regionais.

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