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Presidente turco quebra o silêncio três dias após atentado

Erdogan, que não aparece em público desde a véspera do ataque que matou pelo menos 97 pessoas, vai falar com a imprensa a partir das 15h30 (12H30 de Brasília)


	Tayyip Erdogan: há três dias Erdogan é criticado, em particular pela oposição pró-curda, que atribui ao presidente responsabilidades no atentado
 (Ints Kalnins/Reuters)

Tayyip Erdogan: há três dias Erdogan é criticado, em particular pela oposição pró-curda, que atribui ao presidente responsabilidades no atentado (Ints Kalnins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 10h46.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fará nesta terça-feira sua primeira aparição pública após o atentado mais violento da história do país, que voltou a provocar protestos contra o governo, a três semanas das eleições legislativas antecipadas.

Erdogan, que não aparece em público desde a véspera do ataque que matou pelo menos 97 pessoas, vai falar com a imprensa a partir das 15h30 GMT (12H30 de Brasília), por ocasião de uma visita do presidente finlandês Sauli Niinisto à capital turca.

Há três dias Erdogan é criticado, em particular pela oposição pró-curda, que atribui ao presidente responsabilidades no atentado.

O líder do Partido Democrata dos Povos (HDP), Selahattin Demirtas, afirma que o governo descuidou de forma deliberada da segurança dos militantes da causa curda, que estavam na manifestação que foi alvo de um ataque no sábado em Ancara.

Os manifestantes defendiam a paz e protestavam contra a retomada, há três meses, dos confrontos entre o exército e os rebeldes curdos.

A poucas semanas das legislativas antecipadas de 1º de novembro, Demirtas acusa ainda o governo de Erdogan de manter vínculos com os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), que as autoridades consideram o "principal suspeito" do atentado.

Em entrevista na segunda-feira ao canal CNN-Turk, Demirtas declarou que "o Estado Islâmico não pode ter cometido tal atentado sem um apoio do Estado turco".

O governo acusa o HDP de "cumplicidade" com os "terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, movimento armado curdo), com a esperança de atrair o eleitorado nacionalista.

O PKK anunciou, no entanto, após o atentado de Ancara a suspensão de sua atividade armada antes das eleições, excesso em "caso de ataque contra seus militantes e combatentes".

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