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Presidente sul-sudanês assinará acordo de paz com rebeldes

Os presidentes de Quênia, Uganda e Sudão, e o primeiro-ministro da Etiópia estarão em Juba nesta quarta-feira para uma cúpula de um dia


	Soldado com a bandeira do Sudão do Sul: governo sul-sudanês não está satisfeito com todos os pontos do acordo, mas presidente vai assiná-lo
 (Andreea Campeanu/Reuters)

Soldado com a bandeira do Sudão do Sul: governo sul-sudanês não está satisfeito com todos os pontos do acordo, mas presidente vai assiná-lo (Andreea Campeanu/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 11h41.

O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, assinará nesta quarta-feira em Juba um acordo de paz que colocará fim a 20 meses de guerra civil no Sudão do Sul, anunciou nesta terça-feira seu porta-voz.

Os presidentes de Quênia, Uganda e Sudão, e o primeiro-ministro da Etiópia "estarão em Juba amanhã (quarta-feira) pela manhã para uma cúpula de um dia, e o presidente da República do Sudão do Sul assinará o acordo de paz", disse à AFP Ateny Wek, porta-voz da presidência.

O governo sul-sudanês não está satisfeito com todos os pontos do acordo, negociado pela organização subregional IGAD, mas "o presidente vai assiná-lo", acrescentou o porta-voz.

O líder dos rebeldes, Riek Machar, ex-vice-presidente do país mais jovem do mundo, assinou o acordo na segunda-feira passada, mas o presidente Salva Kiir se negou a assiná-lo, apesar de um ultimato lançado pela comunidade internacional.

O ponto de discórdia principal é a proposta de divisão do poder entre o governo e os rebeldes, que pode levar Machar de volta à vice-presidência.

Segundo os observadores, o conflito no Sudão do Sul deixou dezenas de milhares de mortos, incluindo muitos civis.

Um total de 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiram de suas casas pelos combates e suas sequências de massacres étnicos e atrocidades. Mais de 70% dos 12 milhões de habitantes precisam de ajuda para sobreviver, segundo a ONU, que adverte para uma ameaça de fome.

A guerra destruiu parte do aparato de produção petrolífera, única fonte de recursos do país, que figura entre os menos desenvolvidos do mundo.

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