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Presidente sul-africano: "Ter cachorro é coisa de branco"

Jacob Zuma disse, ainda de acordo com a mídia sul-africana, que a posse de um animal faz parte de uma tendência preocupante dos negros em querer imitar aos brancos

O presidente sul-africano, Jacob Zuma: estes comentários causaram uma onda de protestos por parte de proprietários de animais (©afp.com / Stephane de Sakutin)

O presidente sul-africano, Jacob Zuma: estes comentários causaram uma onda de protestos por parte de proprietários de animais (©afp.com / Stephane de Sakutin)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 17h30.

Johanesburgo - O presidente sul-africano, Jacob Zuma, foi criticado nesta quinta-feira, após sugerir que o fato de se ter um cachorro não é um costume africano, e que isso faz parte da cultura branca.

A imprensa local informou que Zuma tinha declarado que comprar um cachorro, levar-lo a passear e ao veterinário pertenciam à cultura branca.

Jacob Zuma disse, ainda de acordo com a mídia sul-africana, que a posse de um animal faz parte de uma tendência preocupante dos negros em querer imitar aos brancos.

Estes comentários causaram uma onda de protestos por parte de proprietários de animais.

As críticas a Jacob Zuma invadiram as redes sociais.

"Zuma diz que ter um cachorro não é o costume dos africanos. Diferentemente dessas velhas tradições africanas de ter um carro alemão, roupas italianas e beber whisky irlandês", declarou Tom Eaton no Twitter.

A presidência sul-africana tratou logo de atenuar algumas dessas críticas afirmando que Zuma havia tentado "descolonizar a mentalidade africana".

"A mensagem só queria ressaltar a necessidade de não pôr nosso amor pelos animais acima do amor que devemos ter pelos outros seres humanos", anunciou o porta-voz do governo, Mac Maharaj.

"Ele citava o exemplo bem conhecido desses sul-africanos sentados com seus cachorros dentro de suas caminhonetes enquanto trabalhadores ficam do lado de fora, na chuva e no frio", completou.

"Outros não hesitam em levar seu cachorros ao veterinário, mas ignoram seus empregados quando ficam doentes", disse também Maharaj para tentar conter a polêmica.

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