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Presidente sul-africano devolverá dinheiro público que usou

Em 2014 a defensoria pública estabeleceu que o dinheiro público gasto em Nkandla não tinha sido empregado para reforçar as estruturas de segurança


	Jacob Zuma: em 2014 a defensoria pública estabeleceu que o dinheiro público gasto em Nkandla não tinha sido empregado para reforçar as estruturas de segurança
 (Mike Hutchings / Reuters)

Jacob Zuma: em 2014 a defensoria pública estabeleceu que o dinheiro público gasto em Nkandla não tinha sido empregado para reforçar as estruturas de segurança (Mike Hutchings / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 16h19.

Nairóbi - O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, garantiu nesta sexta-feira que respeita a decisão do Tribunal Constitucional e devolverá parte dos 246 milhões de rands (cerca de R$ 60 milhões) que gastou na reforma de sua residência privada.

"Respeito a sentença e irei cumpri-la", afirmou Zuma em discurso à nação retransmitido na televisão estatal, apenas um dia depois que o Constitucional, em uma resolução sem precedentes, lhe ordenou a reembolsar o dinheiro público que empregou indevidamente.

Em março de 2014 a defensora pública Thuli Madonsela estabeleceu em um relatório que o dinheiro público gasto em Nkandla, o complexo privado de Zuma, não tinha sido empregado para reforçar as estruturas de segurança, como alegou a presidência.

Segundo a investigação da Defensoria Pública, entre as obras pagas com fundos estatais e supostamente destinadas para aumentar a segurança do complexo residencial foi incluída uma granja, um estábulo para vacas, uma piscina e um anfiteatro.

"Pagarei a quantia que corresponda às reformas em Nkandla não relacionadas com a segurança quando a autoridade correspondente a determinar", assegurou o presidente sul-africano.

A quantia exata que terá que reembolsar será fixada dentro de um prazo de 60 dias pela Tesouraria Nacional, cujo cálculo deverá ser aprovado pelo Constitucional.

"O presidente não cumpriu, não defendeu nem respeitou a Constituição", afirmou ontem o veredicto alcançado por unanimidade pelos 11 juízes do Tribunal Constitucional.

Este caso é o maior escândalo de corrupção da presidência de Jacob Zuma, que chegou ao poder em 2009 depois que a procuradoria retirou as mais de 700 acusações de corrupção que pesavam sobre ele.

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