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Presidente palestino rebate acusações de "limpeza étnica"

O primeiro-ministro israelense havia afirmado que palestinos rejeitam a presença judaica no futuro Estado e comparou atitude com uma vontade de "limpeza étnica"


	Mahmud Abbas: os palestinos acusam os israelenses de terem praticado a "limpeza étnica" durante a guerra de 1948
 (Abbas Momani/AFP)

Mahmud Abbas: os palestinos acusam os israelenses de terem praticado a "limpeza étnica" durante a guerra de 1948 (Abbas Momani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 14h37.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, acusou Israel de "limpeza étnica", dias depois de uma alegação similar por parte do primeiro-ministro israelense em relação aos palestinos.

Netanyahu havia afirmado na sexta-feira em um vídeo que os palestinos rejeitam a presença judaica no futuro Estado ao qual aspiram, e comparou esta atitude com uma vontade de "limpeza étnica".

Ele refutava que as colônias, ou seja, a construção de casas para civis israelenses em Jerusalém oriental e nos assentamentos na Cisjordânia desde o início da ocupação israelense, em 1967, fossem um obstáculo para a paz com os palestinos, diferentemente do que pensa grande parte da comunidade internacional.

O departamento de Estado americano havia classificado esta intervenção de "inútil" e "imprópria".

Por sua vez, em um discurso pronunciado durante a celebração muçulmana do Eid al-Adha (do sacrifício) divulgada pela agência oficial Wafa, Abbas acusou os israelenses de "não querer avançar nem um pouco em direção à paz, apesar de suas declarações falaciosas".

"Pelo contrário, fomentam cada vez mais a colonização, os atentados contra os lugares sagrados, a limpeza étnica e os assassinatos deliberados", disse.

Os palestinos acusam os israelenses de terem praticado a "limpeza étnica" durante a guerra de 1948, que acompanhou a criação de Israel, o que eles desmentem.

Abbas declarou novamente durante seu discurso que é favorável a um encontro com Netanyahu na Rússia, "após o convite amável do presidente russo", Vladimir Putin.

"Seja em Moscou ou em Luxemburgo (...) não importa onde, em qualquer outro lugar. Estamos dispostos a iniciar negociações diretas sem pré-condições", acrescentou.

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