Mahmud Abbas apresenta pedido à ONU para reconhecimento do Estado da Palestina (Timothy A. Clary/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2011 às 10h46.
San Salvador - O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, chegou na noite deste sábado a El Salvador para reunir-se, no domingo, com o presidente Maurício Funes, com a finalidade de assegurar o apoio deste país para que a Palestina seja admitida como Estado membro na ONU.
Procedente de República Dominicana, primeira escala de uma série de visitas a várias nações da América Latina, Abas chegou às 00H20 GMT (21H20 de Brasília) ao Aeroporto Internacional El Salvador (44 km ao sul de San Salvador), e foi recebido pelo chanceler Hugo Martínez.
Após sua chegada, Abas foi levado à capital, onde na noite deste sábado participará de um encontro privado com a comunidade palestina em El Salvador, em um exclusivo clube na periferia noroeste da cidade.
Abbas havia sido recebido em Santo Domingo pelo presidente dominicano, Leonel Fernández, em uma cerimônia em que recebeu honras de chefe de Estado e foi condecorado com a Ordem do Mérito de Duarte, Sánchez e Mella, constatou um jornalista da AFP.
"Não hesitamos em reconhecer o direito legítimo da Palestina em ser reconhecida como Estado livre, independente e soberano", disse Fernández ao lado de Abbas no Palácio Nacional, ressaltando que seu país mantém "excelentes relações diplomáticas, comerciais e culturais" com Israel.
"Vocês não são grandes em armamento, mas são grandes na fé, na paz e na solidariedade ao apoiar o povo da Palestina", disse Abbas.
A República Dominicana apoia a adesão da Palestina às Nações Unidas, assim como El Salvador, parada prevista na viagem de Abbas, que no domingo chegará à Colômbia, país que tem uma posição oposta às pretensões palestinas.
A viagem de Abbas pela região é parte de uma ampla campanha iniciada na Europa para intensificar sua ofensiva diplomática em favor do reconhecimento da Palestina por parte da comunidade internacional frente ao bloqueio das negociações com os israelenses.
Quarenta dos 58 países que integram a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) votaram a favor do ingresso, contra a rejeição de quatro países, entre eles Estados Unidos e Alemanha.