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Presidente não interferirá no Judiciário após condenações

Após sentença para jornalistas, o presidente egípcio, Abdul Fatah al-Sissi, afirmou que as autoridades não devem interferir no Judiciário

Abdul Fatah al-Sissi: general afirmou que autoridades não devem interferir nos assuntos judiciais (DSK / AFP)

Abdul Fatah al-Sissi: general afirmou que autoridades não devem interferir nos assuntos judiciais (DSK / AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 09h23.

Cairo - O presidente Abdul Fatah al-Sissi afirmou nesta terça-feira que as autoridades não devem interferir nos assuntos judiciais, um dia depois da condenação de três jornalistas da Al-Jazeera no <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/egito">Egito</a></strong> a penas de entre 7 e 10 anos de prisão.</p>

Depois do anúncio do veredicto, os governos dos Estados Unidos e Austrália pediram a Sissi um indulto aos três repórteres, entre eles o australiano Peter Greste.

Uma fonte da presidência egípcia afirmou à AFP que um indulto não era possível antes do pronunciamento de um tribunal de apelação.

"Liguei para o ministro da Justiça e disse: 'Não interferimos nos assuntos judiciais'", declarou Sissi durante uma cerimônia militar, antes de insistir na "independência dos juízes egípcios".

O presidente se recusou a fazer comentários e a "qualquer interferência". Também pediu "respeito às decisões judiciais, embora outros não as entendam".

Na segunda-feira, três jornalistas da Al-Jazeera detidos no Egito (o australiano Peter Greste, o egípcio-canadense Mohamed Fadel Fahmy e o egípcio Baher Mohamed) foram condenados a penas de entre 7 e 10 anos de prisão.

Dois repórteres britânicos da emissora e uma jornalista holandesa, julgados à revelia, foram condenados a 10 anos de prisão.

Vinte pessoas eram julgadas no caso: 16 egípcios acusados de pertencer a uma organização terrorista, a Irmandade Muçulmana, e de tentativa de "prejudicar a imagem do Egito" e quatro estrangeiros por divulgação de "notícias falsas" para apoiar a Irmandade.

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