Mundo

Presidente israelense inaugura novo museu judaico em Moscou

O museu reconstrói a história dos judeus na Rússia, desde a época czarista até a atualidade, passando pelo período do Holocausto


	Shimon Peres participa de inauguração de Museu Judaico em Moscou: "não existe um museu como este", declarou Peres 
 (Natalia Kolesnikova/AFP)

Shimon Peres participa de inauguração de Museu Judaico em Moscou: "não existe um museu como este", declarou Peres  (Natalia Kolesnikova/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 08h39.

Moscou - O presidente israelense, Shimon Peres, inaugurou nesta quinta-feira em Moscou um novo museu que reconstrói a história dos judeus na Rússia, desde a época czarista até a atualidade, passando pelo período do Holocausto.

"Não existe um museu como este", declarou Peres durante a cerimônia de inauguração do Museu Judaico e Centro da Tolerância, sediado em um antigo depósito de ônibus construído em 1926 pelo arquiteto de vanguarda Konstantin Melnikov.

Por sua vez, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, leu uma declaração do presidente Vladimir Putin na qual disse estar "convencido de que este museu será um local de diálogo e de entendimento para os povos".

"Toda tentativa de revisar a contribuição de nosso país na vitória na Segunda Gurra Mundial, ou de negação do Holocausto, não é apenas uma mentira cínica, mas um esquecimento da história", acrescentou Putin nesta mensagem.

Ao longo do dia, Peres se reunirá com o presidente russo.

As galerias do museu evocam a vida dos judeus na Rússia desde o fim do século XIX através de obras históricas, cartas e 13 horas de vídeo com testemunhos de judeus russos que vivem por todo o mundo.

Salas multimídia com alta tecnologia recriam imagens, sons e até cheiros do passado.

Na Rússia, os judeus foram perseguidos pelo regime czarista a partir do fim do século XVIII.

Fortemente atingidos pelos expurgos dos anos 1930 durante o regime do ditador soviético Joseph Stalin, os judeus também sofreram depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, especialmente durante a onda antissemita desencadeada pelo "caso dos médicos".

Trata-se de um suposto complô de médicos judeus acusados de ter assassinado dois dirigentes soviéticos e de ter planejado a eliminação de outros, uma conspiração preparada pelo regime de Stalin.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaHistóriaIsraelJudeusRússia

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo