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Presidente iraniano adverte os países que apoiam terroristas

Hassan Rouhani lançou um alerta aos "países que apoiam o terrorismo com seus petrodólares"

Xiitas contrários aos militantes jihadistas exibem suas armas no Iraque (Haidar Hamdani/AFP)

Xiitas contrários aos militantes jihadistas exibem suas armas no Iraque (Haidar Hamdani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 11h45.

O presidente iraniano Hassan Rohani lançou um alerta neste domingo aos "países que apoiam o terrorismo com seus petrodólares", em uma alusão à Arábia Saudita e Catar que, de acordo com Teerã, financiam os jihadistas do EIIL.

"Aos países que ajudam os terroristas com seus petrodólares aconselhamos a parar de fazer isso. Saibam que amanhã caberá a eles" confrontar esses grupos, declarou Rohani, citado pelo site da televisão estatal.

Por sua vez, o guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse ser "totalmente contra a qualquer intervenção estrangeira" no Iraque e denunciou a vontade dos Estados Unidos de "tirar proveito de figuras fanáticas ignorantes".

A imprensa iraniana e várias autoridades da República Islâmica afirmaram nos últimos dias que o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), que tomou o controle de várias cidades e regiões do Iraque em uma feroz ofensiva na semana passada, recebe o apoio financeiro e militar da Arábia Saudita e Catar.

O governo da Arábia Saudita, que defende a aplicação estrita do islã sunita, o wahhabismo, acusa por sua vez o primeiro-ministro xiita iraquiano Nuri al-Maliki de implementar uma política de exclusão da minoria sunita no Iraque.

O Irã, um país de maioria xiita, apoia o governo de Maliki contra a insurgentes sunitas do EIIL. O grupo também controla uma parte da Síria, onde o regime de Bashar al-Assad é um aliado de Teerã.

Mas Khamenei negou que a ofensiva do EIIL seja "uma guerra xiita-sunita" e acusou os Estados Unidos de querer "perturbar a estabilidade (do Iraque) e ameaçar a integridade territorial".

"Somos totalmente contra qualquer intervenção dos Estados Unidos ou outro país no Iraque", declarou, afirmando que "o governo, o povo e os dignatários deste país têm a capacidade de acabar com este complô".

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