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Presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez destitui Alto Comando Militar

A primeira decisão da mandatária no cargo em exercício foi nomear um novo Alto Comando Militar em período de transição

Jeanine Añez: primeira decisão como mandatária em exercício foi nomear um novo Alto Comando Militar (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Jeanine Añez: primeira decisão como mandatária em exercício foi nomear um novo Alto Comando Militar (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 18h53.

La Paz — Um dia após assumir o cargo de presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez tomou nesta quarta-feira a primeira decisão como mandatária em exercício: nomear um novo Alto Comando Militar em período de transição.

Añez assumiu a presidência na terça-feira, depois de Evo Morales renunciar no domingo passado devido à pressão dos militares e após a Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciar irregularidades nas eleições de 20 de outubro, nas quais o agora ex-presidente foi reeleito para um quarto mandato consecutivo.

Em cerimônia realizada na sede do governo em La Paz, onde não eram celebrados atos oficiais desde agosto de 2018, a nova presidente empossou o general do Exército Carlos Orellana como comandante das Forças Armadas.

Além de Orellana, o general Iván Patricio Rioja assumiu o comando do Exército, o general Ciro Orlando Álvarez Armada passou a controlar a Força Aérea Boliviana e o contra-almirante Moisés Orlando Mejía Heredia é o novo encarregado da Marinha.

Embora o Estado boliviano seja laico, um crucifixo e duas velas foram posicionados ao lado da Constituição da Bolívia na cerimônia de posse. No momento da posse, o novo comandante das Forças Armadas, Carlos Orellana, pediu "calma a toda a população da Bolívia".

Nos últimos dias, vários grupos, principalmente os contrários à renúncia de Morales, se envolveram em atos violentos que destruíram patrimônios públicos e privados.

Esses incidentes ocorreram em cidades como La Paz, El Alto e Cochabamba entre apoiadores e opositores de Morales. Oito pessoas morreram e 508 ficaram feridas desde o início da crise.

Em discurso, o comandante que deixa o cargo, Williams Kaliman, ressaltou que as decisões que tomou durante o período de crise seguiram "estritamente" a Constituição e "o respeito à vida".

Sob o comando de Kaliman, os militares decidiram sair às ruas na noite da segunda-feira passada, após serem requisitados pela polícia, que se viu sobrecarregada diante da onda de violência após o anúncio da renúncia de Evo Morales.

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