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Sarkozy perde apoio em disputa interna de partido

O ex-presidente perdeu apoio após dizer que acabaria com uma lei que permite o casamento homossexual caso se tornasse presidente em 2017


	Nicolas Sarkozy: cerca de 61 por cento dos simpatizantes do partido acreditam que Sarkozy não irá acabar com a lei caso eleito
 (Valery Hache/AFP)

Nicolas Sarkozy: cerca de 61 por cento dos simpatizantes do partido acreditam que Sarkozy não irá acabar com a lei caso eleito (Valery Hache/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2014 às 12h14.

Paris - O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy perdeu apoio em sua corrida pela presidência do partido conservador UMP e pode perder a vitória por vantagem arrasadora que lhe garantiria a nomeação da legenda para as eleições de 2017 à Presidência da França, mostrou uma pesquisa.

Sarkozy, que foi derrotado pelo presidente socialista François Hollande em sua tentativa de reeleição em 2012, fez sua volta à política ao anunciar em setembro que buscaria ser eleito chefe do partido União por um Movimento Popular (UMP) na votação de 29 de novembro.

Seu regresso, no entanto, tem sido manchado por diversos casos na Justiça que envolvem Sarkozy e o partido. Qualquer coisa menos do que uma vitória esmagadora para se tornar presidente do partido vai deixar em aberto a corrida para ganhar a aprovação para as eleições presidenciais.

Apesar de 63 por cento dos apoiadores do UMP o quererem de volta no comando da legenda no próximo domingo, isso representa uma queda de 10 pontos percentuais em relação ao mês passado e abaixo das expectativas iniciais, segundo dados da pesquisa Odoxa divulgados neste sábado.

"Essa pontuação de 63 por cento seria considerada uma desaprovação a um ex-chefe de Estado, cujo círculo próximo esperava inicialmente uma vitória de cerca de 85 por cento", disse Gael Sliman, presidente da Odoxa.

A queda na popularidade fica ainda mais drástica quando as pesquisas incluem eleitores sem afiliação ao partido.

O ex-presidente perdeu apoio após dizer à uma multidão de apoiadores da UMP na semana passada que acabaria com uma lei que permite o casamento homossexual caso se tornasse presidente em 2017.

Os comentários, provavelmente visando ganhar apoio de ativistas contra o casamento gay, fizeram com que mesmo fortes apoiadores criticassem Sarkozy, ainda que outros tenham apoiado sua rejeição a uma das reformas mais controversas do governo socialista.

Cerca de 61 por cento dos simpatizantes do partido acreditam que Sarkozy não irá acabar com a lei caso eleito, segundo a pesquisa. O ceticismo vai a quase três em quatro entre os pesquisados.

O UMP foi criado originalmente em 2002, como uma fusão de diversos partidos com o objetivo de reunir a centro-direita francesa. O partido enfrenta, no entanto, divisões políticas, notavelmente na questão de se a França deve ou não aceitar uma União Europeia mais profunda.

Uma pesquisa separada da OpinionWay, publicada no jornal Le Figaro, mostrou que 86 por cento dos eleitores não quer que Hollande tente a reeleição em 2017, com até 73 por cento dos eleitores de esquerda sendo contrários à candidatura do presidente mais impopular da história das eleições do país.

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