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Presidente francês fala de negociações de paz em Israel

Durante visita a Israel neste domingo, François Hollande falou sobre negociações de paz e o programa nuclear iraniano


	O presidente francês, François Hollande: Em relação às conversações entre israelenses e palestinos, Holande disse que há urgência em se alcançar um acordo definitivo para uma paz justa e duradoura
 (Bertrand Langlois/AFP)

O presidente francês, François Hollande: Em relação às conversações entre israelenses e palestinos, Holande disse que há urgência em se alcançar um acordo definitivo para uma paz justa e duradoura (Bertrand Langlois/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2013 às 16h52.

O presidente francês, François Hollande, abordou neste domingo as negociações de paz e o programa nuclear iraniano durante sua visita a Israel.

Em relação às conversações entre israelenses e palestinos, Holande disse em Jerusalém que espera "gestos" de Israel relacionados à colonização dos territórios ocupados que contribuam com o processo de paz.

"Gestos do lado israelense começaram a acontecer --a libertação de presos (palestinos)--", mas "esperamos outros, principalmente relacionados à colonização", afirmou à imprensa o presidente francês, ao lado de seu colega israelense Shimon Peres, no primeiro dia de sua visita oficial a Israel.

Hollande falou sobre a decisão anunciada pelo governo israelense, no final de outubro, de libertar 26 presos palestinos, quase todos condenados a penas de prisão perpétua por terem matado israelenses.

Mas Israel anunciou logo depois dessa decisão a construção de 1.500 alojamentos no bairro de colonização de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental.

François Hollande disse que vai conversar na segunda-feira em Ramallah com o presidente palestino, Mahmud Abbas, sobre os "gestos" que espera "do lado palestino".

"Há urgência", ressaltou, considerando que trata-se de "alcançar um acordo definitivo para uma paz justa e duradoura" com uma solução de "dois Estados", israelense e palestino.

"Se todas as vontades se conjugam, se todas as decisões convergem, se a coragem for compartilhada, então, você terá, Shimon Peres, os governos israelense, palestino, e, principalmente, todos aqueles que são militantes incansáveis desta causa, a mais bela vitória", disse.


O presidente israelense afirmou que "não há alternativa à paz".

"Não podemos, não devemos atrasar a paz. O tempo chegou para que sejam adotadas medidas históricas para chegarmos a uma solução com a qual todos estejamos de acordo – dois Estados para dois povos", declarou Peres.

Pouco antes, François Hollande havia usado um tom mais firme ao se referir ao polêmico programa nuclear iraniano.

Ele disse que a França "não vai tolerar a proliferação nuclear".

"Enquanto não tivermos a certeza de que o Irã renunciou à arma nuclear, manteremos todas as nossas exigências e nossas sanções", prometeu Hollande, em um discurso no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, logo após a sua chegada ao Estado judeu.

Ao descer do avião, François Hollande foi recebido por Shimon Peres, e pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Antes da chegada do presidente francês, Netanyahu elogiou a "posição firme" de Paris contra "as tentativas, impossíveis de impedir, do Irã de produzir armas nucleares".

"Não se pode permitir nunca que o Irã tenha armas nucleares. Isso não deixaria em perigo apenas Israel e outros países do Oriente Médio, mas também a França, a Europa e o mundo inteiro", disse o primeiro-ministro israelense.

Mais tarde, em um encontro com Hollande, Benjamin Netanyahu manifestou novamente sua preocupação com as negociações entre o grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) e a República Islâmica sobre o programa nuclear de Teerã.

"Estou preocupado, muito preocupado, porque se um acordo for alcançado e o impacto das sanções for reduzido, serão necessários anos para que sejam colocadas em prática. E em troca disso, o Irã não dará praticamente nada", declarou Netanyahu.

Na quarta-feira em Genebra começa uma nova rodada de negociações da República Islâmica com as grandes potências sobre seu programa nuclear.

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