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Presidente em fim de mandato e rival se atribuem a vitória

Dessa forma, esses políticos de Montenegro criam risco de uma crise política nesta antiga república iugoslava que negocia sua adesão à UE

Montenegrina vota em Podgorica
 (Savo Prelevic/AFP)

Montenegrina vota em Podgorica (Savo Prelevic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 08h32.

Podgorica - O presidente em fim de mandato Filip Vujanovic e seu adversário, Miodrag Lekic, se atribuíram a vitória na noite deste domingo após a eleição presidencial em Montenegro, criando o risco de uma crise política nesta antiga república iugoslava que negocia sua adesão à União Europeia (UE).

Vujanovic, que disse estar certo de ter um terceiro mandato consecutivo, afirmou ter vencido com 51,3% dos votos, e que Lekic obteve48,7%. "Quero declarar que conquistamos a vitória", disse Vujanovic a seus simpatizantes em Podgorica.

Já o candidato da oposição, Miodrag Lekic, qualificou de "golpe de Estado" a declaração de seu adversário, o presidente Vujanovic.

Sem dar números precisos, Lekic declarou a seus simpatizantes: "depois de contados 97% dos votos, os cidadãos de Montenegro me deram a vitória. Peço a Filip Vujanovic que seja sério e responsável, pois ao declarar sua vitória cometeu um golpe de Estado", afirmou.

Em seguida disse que tinha informações de que "os resultados (das eleições) estavam fraudados".


Vujanovic, a quem as pesquisas de opinião atribuíam 55% dos votos antes das eleições, era o favorito. Seu partido, que está no poder há mais de 20 anos, promete endireitar a situação econômica mediante um ingresso rápido na União Europeia e na Otan.

Já Lekic se comprometeu a combater a corrupção e o crime organizado, que representam os principais obstáculos nas negociações com a União Europeia.

Podgorica abriu suas negociações de adesão ao clube europeu, de 27 membros, em junho de 2012.

A situação econômica desta pequena república de 680.000 habitantes e 511.000 votantes, separada da Sérvia desde 2006, não parou de se degradar.

O desemprego atinge 20% da população e a dívida pública, 51% do PIB.

O presidente Filip Vujanovic, advogado de profissão e o ex-ministro das Relações Exteriores Miodrag Lekic eram os únicos candidatos para este mandato presidencial de 5 anos.

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