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Presidente eleito do Irã exige diálogo frutífero sobre programa nuclear

Raisi, de 60 anos, linha-dura e crítico estridente do Ocidente, assumirá o lugar do pragmático Hassan Rouhani em agosto no momento em que o Irã tenta preservar o acordo nuclear fragilizado

Presidente eleito do Irã, Ebrahim Raisi, durante entrevista coletiva em Teerã
 (Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency)/Reuters)

Presidente eleito do Irã, Ebrahim Raisi, durante entrevista coletiva em Teerã (Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency)/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2021 às 12h03.

Última atualização em 21 de junho de 2021 às 12h03.

O presidente eleito do Irã, Ebrahim Raisi, disse nesta segunda-feira que a política externa de seu país não se limitará ao seu acordo nuclear de 2015 com potências mundiais ao realizar sua primeira coletiva de imprensa desde que venceu a eleição de sexta-feira.

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Raisi, de 60 anos, linha-dura e crítico estridente do Ocidente, assumirá o lugar do pragmático Hassan Rouhani em agosto no momento em que o Irã tenta preservar o acordo nuclear fragilizado e se livrar das sanções impostas pelos Estados Unidos, que induzem uma retração econômica acentuada.

"Nossa política externa não será limitada ao acordo nuclear", disse Raisi em Teerã. "Teremos interação com o mundo. Não ataremos os interesses do povo iraniano ao acordo nuclear."

Tanto autoridades iranianas quanto ocidentais dizem que a ascensão de Raisi dificilmente alterará a postura de seu país nas conversas para ressuscitar o pacto – o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, tem a palavra final de todas as principais políticas.

Raisi também disse que os EUA violaram o acordo e que a União Europeia não cumpriu seus compromissos.

"Peço aos Estados Unidos que retomem seu compromisso com o acordo... todas as sanções impostas ao Irã precisam ser suspensas e verificadas por Teerã", disse.

Negociações ocorrem em Viena desde abril para determinar como Irã e EUA podem voltar a obedecer o pacto, que o então presidente norte-americano Donald Trump abandonou em 2018, reimpondo sanções ao regime em seguida.

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