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Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Eleito no domingo, dia 19, Rodrigo Paz promete reatar relações rompidas em 2008 por Evo Morales

O presidente da Bolívia Rodrigo Paz (direita) e seu vice Edman Lara (esquerda) após vitória nas eleições. (Martin Bernetti/AFP)

O presidente da Bolívia Rodrigo Paz (direita) e seu vice Edman Lara (esquerda) após vitória nas eleições. (Martin Bernetti/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 15h35.

Última atualização em 20 de outubro de 2025 às 16h03.

O presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, de centro-direita, anunciou nesta segunda-feira, 20, que retomará as relações com os Estados Unidos, rompidas desde 2008 durante o governo do ex-mandatário de esquerda Evo Morales.

"No caso específico dos Estados Unidos (...), essa relação será retomada", afirmou Paz, de 58 anos, em sua primeira coletiva de imprensa após sua vitória no segundo turno das eleições de domingo, 19.

O presidente eleito assumirá o cargo em 8 de novembro.

Segundo a apuração oficial, Paz, um economista de 58 anos, venceu o segundo turno das eleições presidenciais, com 54,5% dos votos, frente ao ex-presidente Jorge Quiroga (direita).

Desde que estava em campanha, ele havia prometido reinserir o país no cenário internacional. Hoje, a Bolívia tem como principais aliados a Venezuela, Cuba, Nicarágua e Rússia.

Retomada das relações

Em 2008, Morales expulsou o então embaixador americano em La Paz Philip Goldberg, sob a acusação de apoiar uma conspiração de direita para dividir a Bolívia. Ele também retirou do país as agências americanas antidrogas (DEA) e de cooperação internacional (Usaid).

Washington negou as acusações e, em reciprocidade, expulsou o embaixador boliviano. Desde então, Bolívia e Estados Unidos não têm laços diplomáticos.

"Estamos dialogando especialmente com o governo dos Estados Unidos. Acredito que isto é muito importante", afirmou Paz nesta segunda-feira.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, comentou no domingo que "depois de duas décadas de uma administração ruim, a eleição de Paz representa uma oportunidade de transformação para as duas nações".

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