Reuven Rivlin, do partido israelense Likud: Entre os mais de 2.000 comentários no texto de Rivlin, muitos o tacharam de "traidor" (AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2015 às 11h32.
A polícia israelense abriu uma investigação sobre as ameaças publicadas em redes sociais contra o presidente do país, Reuven Rivlin, que condenou o "terrorismo judaico" depois do incêndio criminoso no qual morreu um bebê palestino.
Na sexta-feira, quando ocorreu o ataque contra a casa de uma família palestina, Rivlin postou em seu Facebook um texto, em árabe e hebraico, intitulado "Mais que vergonha, sinto dor".
"A dor do assassinato de um pequeno bebê, a dor de ver meu povo escolher o caminho do terrorismo e perder sua humanidade", escreveu na ocasião sobre o ataque realizado por colonos judeus, que causou consternação em Israel.
Entre os mais de 2.000 comentários no texto de Rivlin, muitos o tacharam de "traidor".
"Traidor sujo. Teu final será pior que o de Ariel Sharon" (o ex-primeiro-ministro israelense morto depois de passar 8 anos em coma), ameaçou um usuário da rede.
"Na Rússia, já teriam encontrados teus pedaços em uma caixa de sapatos", afirma outro internauta.
Um ativista de extrema-direita matou em 1995 o premiê na ocasião, Isaac Rabin, durante uma concentração a favor da paz em Tel Aviv, depois de uma violenta campanha da direita contra os acordos de Oslo, assinados dois anos antes com os palestinos.