Mundo

Presidente do Sudão do Sul aceita negociar fim de conflito

"Todos os líderes têm a responsabilidade de demonstrar agora que estão dispostos a controlar suas forças e a conversar", afirmou Rondos


	Salva Kiir: "O presidente disse que está preparado para se encontrar onde e quando for necessário, para negociar", informou a UE
 (Giulio Petrocco/AFP)

Salva Kiir: "O presidente disse que está preparado para se encontrar onde e quando for necessário, para negociar", informou a UE (Giulio Petrocco/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 11h07.

Bruxelas - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, garantiu à União Europeia (UE), que está disposto a manter reuniões para negociar uma solução ao grave conflito por que passa a jovem nação africana.

"O presidente Salva Kiir disse ao representante especial (Alex) Rondos, que está preparado para se encontrar onde e quando for necessário, para negociar", informou Serviço de Ação Exterior da UE, através do perfil do órgão no Twitter.

O representante especial da UE para o Sudão do Sul, Alex Rondos, chegou no domingo a capital Juba, para iniciar rodada de consultas com as partes em conflito.

Ao presidente do país, solicitou que ajude aos países do Leste da África, que integram a Autoridade Internacional para o Desenvolvimento (Igad), que tentam encontrar saída negociada.

"Todos os líderes têm a responsabilidade de demonstrar agora que estão dispostos a controlar suas forças e a conversar", afirmou Rondos, de acordo com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

Na semana passada, a Igad, acordou em sua cúpula dar um prazo de quatro dias para que a haja uma reunião entre Salva Kiir e o ex-presidente do país e agora opositor, Riak Mashar, para que se coloque fim a violência iniciada por uma tentativa de golpe de estado. O encontro, no entanto, não acontecerá antes de 31 de dezembro.

Rondos aproveitou a presença em Juba para cobrar que terminem as hostilidades no país.

"Mais enfrentamento armado conduzirá a mais violência", afirmou o representante especial da UE, afirma Serviço de Ação Exterior do bloco.

Desde a tentativa de golpe no último dia 15, o Sudão do Sul é cenário de conflitos e aumento de violência étnica, que causou centenas de mortes. Para tentar encerrar a crise, evitando uma guerra civil, vários países tentam fazer o papel de mediação.

Além da União Europeia, os Estados Unidos já enviaram representantes ao país que se tornou independente em julho de 2011. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEuropaSudãoUnião EuropeiaViolência política

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado