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Presidente do Senado russo pede que não inflamem a situação

Valentina Matvienko pediu aos políticos de todos os níveis que se abstenham de fazer declarações sobre a crise na Ucrânia

Tropas tidas como forças militares russas andam pelo lado de fora de uma base militare ucraniana, na vila de Perevalnoye, próxima a Simferopol (Vasily Fedosenko/Reuters)

Tropas tidas como forças militares russas andam pelo lado de fora de uma base militare ucraniana, na vila de Perevalnoye, próxima a Simferopol (Vasily Fedosenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 07h10.

Moscou - A presidente do Conselho da Federação (Senado) da Rússia, Valentina Matvienko, pediu nesta quarta-feira aos políticos de todos os níveis que se abstenham de fazer declarações sobre a crise na Ucrânia que 'possam colocar mais lenha na fogueira e criar uma tensão artificial'.

'Nesta situação é preciso avaliar cada palavra e deve-se buscar, com a cabeça fria, os caminhos para resolver a situação', disse Valentina, citada pelas agências locais, ao inaugurar a sessão plenária do Senado russo.

Fez um pedido aos legisladores para que mantenham a calma, mas admitiu que, na atual situação, é difícil conter as emoções.

'No entanto, somos gente responsável, e os políticos são responsáveis pelo que dizem. Quero me dirigir a todos: é preciso agir de maneira ponderada, com frieza, e continuar buscando com tranquilidade uma resolução pacífica da situação', destacou Valentina.

No sábado passado, o mesmo Conselho da Federação autorizou por unanimidade o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a utilizar as Forças Armadas do país no território da Ucrânia depois que soldados sem distintivo foram mobilizados na república autônoma da Crimeia.

As novas autoridades da Ucrânia denunciaram esse acontecimento como intervenção e agressão militar por parte da Rússia, uma avaliação com a qual se solidarizou a comunidade internacional, que manifestou sua repulsa à política do Kremlin e ameaçou inclusive com sanções a Moscou.

O chefe do Kremlin declarou ontem que, por enquanto, não enviará tropas para a Ucrânia, mas alertou que essa possibilidade ainda está sobre a mesa.

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