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Presidente do Peru se defende contra impeachment no Congresso

Líder foi recebido pelos integrantes de sua bancada, Peruanos por el Kambio (PPK), na entrada do Parlamento

Kuczynski terá cerca de duas horas para expôr sua defesa perante os parlamentares (Mariana Bazo/Reuters)

Kuczynski terá cerca de duas horas para expôr sua defesa perante os parlamentares (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 13h21.

Lima - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, chegou nesta quinta-feira ao Congresso para comparecer ao plenário, onde fará sua defesa perante o pedido de destituição promovido pela oposição, por conta de supostos pagamentos recebidos da Odebrecht.

O líder foi recebido pelos integrantes de sua bancada, Peruanos por el Kambio (PPK), na entrada do Parlamento, onde recebeu as honras da guarda.

Kuczynski terá cerca de duas horas para expôr perante os parlamentares, acompanhado por seu advogado Alberto Borea, após o qual os legisladores passarão ao debate e votação da moção de vacância (destituição) por "incapacidade moral permanente".

Se for aprovado o pedido de destituição, que requer o voto favorável de 87 dos 130 congressistas, a chefia do Estado deverá ser assumida pelo primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra, ou, se este declinar, por Mercedes Aráoz, a segundo vice-presidente.

Se o dois vice-presidente renunciarem, o titular do Congresso, que neste momento é Luis Galarreta, teria que assumir a Presidência e convocar imediatamente novas eleições gerais, que devem ocorrer no prazo máximo de um ano.

A permanência de Kucyznski na Presidência foi seriamente questionada depois que na semana passada foi revelado que uma empresa pertencente a ele ofereceu serviços de consultoria à construtora Odebrecht entre 2004 e 2007.

Kuczynski reconheceu que recebeu dividendos por um contrato de assessoria assinado pelo seu então sócio chileno Gerardo Sepúlveda com a Odebrecht quando ele era ministro do Governo de Alejandro Toledo (2001-2006).

No entanto, o atual governante assegurou que não tinha conhecimento de que o dinheiro provinha desse contrato até que foi apresentado na semana passada pela comissão parlamentar que investiga o caso Lava Jato no Peru.

Na quarta-feira, o chefe de Estado afirmou, em mensagem à Nação, que "a Constituição e a democracia estão sob ataque".

"Estamos perante um golpe sob a fantasia de interpretações legais supostamente legítimas", enfatizou Kuczynski acompanhado por Vizcarra e Aráoz.

O governante exigiu ao Congresso "respeito à decisão popular" que o levou à Presidência nas eleições do 2016 frente a Keiko Fujimori, a líder de Força Popular, partido que tem a maioria no Parlamento peruano.

O presidente lembrou que o fujimorismo já censurou ou obrigou a renúncia de cinco ministros seus em pouco menos de um ano e meio de gestão, algo que qualificou como "um verdadeiro recorde histórico".

"Não somos perfeitos, certamente, mas agora é evidente que desde o princípio se buscava chegar até o que está ocorrendo agora", sustentou.

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