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Presidente do Peru nega plágio em dissertação de mestrado

Universidade em que Castillo se graduou abriu uma investigação após denúncia de um programa de televisão

Presidente do Peru, Pedro Castillo. (ERNESTO BENAVIDES/AFP/Getty Images)

Presidente do Peru, Pedro Castillo. (ERNESTO BENAVIDES/AFP/Getty Images)

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AFP

Publicado em 4 de maio de 2022 às 16h31.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 17h53.

O presidente de Peru, Pedro Castillo, negou, nesta quarta-feira, 4, que teria plagiado, junto com sua esposa, sua dissertação de mestrado, depois que a universidade em que ambos se graduaram abriu uma investigação após a denúncia de um programa de televisão.

"Rejeito as imputações mal-intencionadas [...] sobre a veracidade da dissertação de mestrado que fiz há mais de dez anos na Universidade César Vallejo e que, com base em um software, afirmam que eu fiz uma cópia", assinalou o presidente peruano em comunicado.

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Esta universidade privada anunciou na terça-feira a abertura de investigação após a denúncia do programa dominical Panorama da emissora Panamericana, que assegurou que Castillo e sua esposa, Lilia Paredes, tinham plagiado 54% da dissertação que realizaram em conjunto, em 2011.

"O documento da dissertação apresentado pelo programa jornalístico carece de legitimidade. Esta denúncia é de tom político e é parte de um plano de desestabilização", afirmou Castillo em comunicado da Presidência.

O presidente e sua esposa, ambos professores, obtiveram com a dissertação o grau de mestre em educação, com menção em psicologia educativa.

No total, o documento tem 121 páginas e, segundo o programa que realizou a denúncia, "o marco teórico é composto de 26 páginas e as 26 foram copiadas".

Por sua vez, a Universidade César Vallejo disse que o seu conselho decidiu "designar uma comissão para avaliar o trabalho de pesquisa".

O presidente peruano, de 52 anos, está no poder há nove meses e enfrenta uma oposição ferrenha e críticas frequentes de líderes da direita radical, que promoveram duas moções de "vacância presidencial" (destituição) contra ele.

As moções de "vacância" se tornaram rotina no Peru e causaram a queda dos mandatários Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020, o que mantém o país em uma instabilidade constante.

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