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Presidente do Peru nega envolvimento com subornos da Odebrecht

A Odebrecht, a maior construtora da América Latina, admitiu ter desembolsado US$ 29 mi em subornos para conseguir obras públicas no Peru

Kuczynski: "Posso garantir que não recebi nada, nem fiz nada. Tudo isso tem que ser investigado, obviamente", disse Kuczynski (Guadalupe Pardo/Reuters)

Kuczynski: "Posso garantir que não recebi nada, nem fiz nada. Tudo isso tem que ser investigado, obviamente", disse Kuczynski (Guadalupe Pardo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 16h14.

Lima - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, negou nesta quinta-feira envolvimento com o pagamento de subornos quando foi primeiro-ministro do governo de Alejandro Toledo, como indicou a empreiteira brasileira Odebrecht em uma declaração, e pediu uma investigação.

A Odebrecht, a maior construtora da América Latina, admitiu ter desembolsado 29 milhões de dólares em subornos para conseguir obras públicas entre 2005 e 2014 no Peru nos governos dos ex-presidentes Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

A declaração consta em um documento de uma corte dos Estados Unidos revelado na quarta-feira como parte de um acordo de delação com as empresas Odebrecht e Braskem .

"Posso garantir que não recebi nada, nem fiz nada. Tudo isso tem que ser investigado, obviamente", disse Kuczynski a jornalistas depois de chegar a uma localidade na selva do país.

Kuczynski, ex-banqueiro e financista de Wall Street, foi premiê de agosto do 2005 até o fim do mandato de Toledo, em julho de 2006. Antes disso, foi ministro de Economia e Finanças durante quase um ano e meio.

Segundo o documento do acordo de delação firmado nos EUA, a Odebrecht reconheceu ter pago 20 milhões de dólares em subornos entre 2005 e 2008 no Peru para vencer a licitação de um projeto de infraestrutura em 2005.

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