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Presidente do Panamá viaja ao Brasil em busca de investimentos

Um comunicado da Presidência informou que ele chegará a Brasília ainda nesta quarta-feira

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 16h42.

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O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, viajou ao Brasil com uma comitiva empresarial e legislativa em busca de investimentos para o país, que ele promove como um "hub" logístico e plataforma de reexportações para o mercado sul-americano, e com o objetivo de fechar um acordo com a empresa de bananas Chiquita para que ela retome sua produção panamenha.

Fontes oficiais disseram nesta quarta-feira à Agência EFE que Mulino já partiu para o Brasil. Um comunicado da Presidência informou que ele chegará a Brasília ainda hoje.

"Em Brasília, Mulino será recebido por seu homólogo Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto (...) eles terão um encontro privado", será emitida "uma declaração conjunta de ambos os mandatários", e "ao meio-dia, o presidente Mulino e a delegação serão recebidos no Palácio do Itamaraty, para almoçar com o presidente Lula", diz a informação oficial.

Mulino e a delegação panamenha participarão em seguida do fórum empresarial "Diálogo Brasil – Panamá, Construindo pontes para o Fórum Econômico Internacional América Latina e o Caribe", patrocinado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina CAF e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Este fórum culminará com um encontro entre empresários com o objetivo de identificar oportunidades de negócios e alianças, disse a Presidência panamenha.

Mulino explicou que esta visita ao Brasil foi acordada com Lula durante a Cúpula do Mercosul, realizada no início de julho na Argentina, "com o propósito de avançar estrategicamente, Brasil e Panamá, em direção a bons acordos comerciais e à integração de negócios".

O governo federal informou, em julho, que Mulino visitará o Brasil para apresentar oportunidades de investimento na área de infraestrutura portuária. Segundo a mesma fonte, o presidente panamenho expressou a Lula o interesse de seu governo "em adquirir aeronaves" da Embraer, que é a terceira maior fabricante de aviões do mundo.

O olhar para o Sul

O Panamá se juntou em dezembro ao Mercosul como Estado Associado, e Mulino expressou seu interesse em iniciar em breve o processo para se tornar membro pleno do mecanismo, argumentando que "este passo em direção ao Sul é muito importante para o Panamá", que, defendeu, "não é uma ameaça para nenhum setor panamenho".

O Mercosul "vê no Panamá principalmente sua posição geográfica estratégica para seus fins comerciais de exportação ou reexportação (...) eis o futuro do Panamá com o Mercosul: nossa plataforma de serviços, nossa posição geográfica", sustentou o chefe de Estado.

Mulino disse na semana passada que, nesta viagem, esperava fechar um acordo com a transnacional Chiquita para que retome sua produção no Panamá, que foi encerrada meses atrás por causa de uma greve sindical, em protesto a uma reforma das pensões no país.

"Em princípio, devo ter uma reunião" com a diretoria da Chiquita "na sexta-feira, dia 29, antes de voltar para o Panamá. Tudo indica que é positivo, então espero fazer o anúncio depois da reunião com o dono ou presidente da Chiquita Panamá no Brasil", disse Mulino em 21 de agosto.

A Chiquita Panamá explorava milhares de hectares na província ocidental de Bocas del Toro por meio de uma concessão, mas fechou a companhia e demitiu cerca de 6,5 mil trabalhadores depois que o sindicato da empresa, o Sitraibana, iniciou em abril uma greve que durou dois meses e causou perdas de US$ 75 milhões para a transnacional.

Ontem, o governo de Mulino autorizou o Ministério do Comércio e Indústrias a assinar os acordos necessários para a retomada das operações da empresa de bananas, informou a Presidência panamenha.

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