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Presidente do México defende ausência no funeral do papa após receber críticas

Claudia Sheinbaum rejeitou as críticas que surgiram nas redes sociais após sua decisão de enviar sua secretária do Interior, Rosa Icela Rodríguez, ao funeral de Francisco na Praça de São Pedro

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de abril de 2025 às 16h59.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendeu nesta quinta-feira sua decisão de não comparecer ao funeral do papa Francisco, diante das críticas de analistas e oposicionistas que questionam sua ausência, apesar de representar o segundo país mais católico do mundo.

“Eu não vou às cerimônias do papa Francisco e há todas essas críticas sobre o porquê de eu não ir. O que teria acontecido se eu dissesse que iria? Bem, a mesma coisa, haveria uma crítica tremenda: onde está a separação da Igreja e do Estado? Por que você está indo ao funeral do papa Francisco?”, argumentou a presidente mexicana.

Ela rejeitou as críticas que surgiram nas redes sociais após sua decisão, na terça-feira, de enviar sua secretária do Interior, Rosa Icela Rodríguez, o principal cargo do Gabinete, ao funeral de Francisco na Praça de São Pedro no sábado, apesar do fato de o México ter 98 milhões de católicos, atrás apenas do Brasil.

Aa ausência foi muito repercutida na rede social X (ex-Twitter), onde analistas como Alberto Tavira a consideraram uma “mensagem desnecessária de ingratidão para com o México”, enquanto a jornalista Dolia Estévez a viu como uma “falta de sensibilidade e empatia”.

Outros críticos questionaram a decisão de Sheinbaum porque o pontífice a recebeu em fevereiro de 2024, antes de ela iniciar sua campanha para a eleição presidencial de 2 de junho.

“Há pessoas que simplesmente não gostam de nós e, independentemente do que fizermos, haverá críticas”, respondeu a presidente.

Sheinbaum evitou se pronunciar sobre a direção que a Igreja Católica deveria tomar agora e reivindicou a secularidade do Estado, embora tenha reconhecido Francisco por seu “pensamento humanista e muito progressista” e “sua crítica ao neoliberalismo e ao consumismo”.

A ausência da presidente mexicano também se destaca pelo fato de que cerca de 50 chefes de Estado ou de Governo e 10 reis participarão do funeral, segundo confirmou a Santa Sé.

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