Ibrahim Boubacar Keita foi eleito em 2013 com 70% dos votos (Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 11h12.
Bamaco - O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, anunciou na noite de segunda-feira em discurso que se apresentará como candidato nas próximas eleições presidenciais do país, que serão realizadas em 29 de julho.
Serão as primeiras eleições presidenciais no Mali desde 2013, quando Keita chegou (com mais do 70% dos votos) à chefia de Governo, e as segundas desde o golpe de Estado militar de 2012, que depôs o anterior presidente, Amadou Toumani Touré.
Em seu discurso, Keita (conhecido popularmente por suas iniciais, IBK) afirmou que a principal prioridade é "garantir a segurança" do Mali e pôr assim fim à crise que o país atravessa desde 2012.
Então, aproveitando o golpe de Estado em Bamaco, separatistas tuaregue aliados a grupos jihadistas afins à Al Qaeda tomaram o controle do norte do Mali e, apesar de terem sido teoricamente expulsos em 2013 pela coalizão militar impulsionada pela França, os atentados e a violência continuaram perante a incapacidade do Governo malinês para eliminar grupos armados.
"As consequências da crise foram profundas, e a luta contra o terrorismo foi muito mais complexa do que tínhamos imaginado", admitiu Keita, que definiu a última meia década como "o período mais difícil" da história moderna do Mali.
O presidente prometeu, além disso, resolver o "triplo desafio" que são "a restauração da paz, a reconquista da unidade e a consecução da reconciliação nacional".
Também garantiu que abordará outros problemas do país como "a corrupção, a arbitrariedade e a impunidade" e que espera restabelecer "uma relação de confiança entre governantes e cidadãos".
Em seus cinco anos como presidente, Keita nomeou cinco Governos diferentes, o último liderado pelo primeiro-ministro Soumeylou Boubeye Maigua.
Está previsto que a campanha eleitoral comece após a conclusão do mês do Ramadã e por enquanto já se postularam dez candidatos, entre os quais destacam o ex-primeiro-ministro Moussa Mara e o líder opositor Soumaila Cissé, embora Keita parta como grande favorito à reeleição.