Mundo

Presidente do Líbano declara vitória contra o Estado Islâmico

Ao fazer o anúncio, o presidente do país dedicou a vitória "a todos os libaneses"

Líbano: um acordo permitiu a retirada de aproximadamente 600 pessoas do nordeste do país (Hassan Abdallah/Reuters)

Líbano: um acordo permitiu a retirada de aproximadamente 600 pessoas do nordeste do país (Hassan Abdallah/Reuters)

E

EFE

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 09h52.

Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 09h52.

Beirute - O presidente do Líbano, Michel Aoun, declarou nesta quarta-feira a "vitória" na ofensiva contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que terminou no domingo com o anúncio de um polêmico acordo para evacuar os jihadistas para o leste da Síria.

"Anúncio a vitória do Líbano sobre os terroristas e a dedicamos a todos os libaneses", disse o governante em uma coletiva conjunta com o general Joseph Aoun, comandante das forças armadas do país.

Aoun enfatizou que foram alcançados "os dois objetivos" que o governo libanês tinha estabelecido: expulsar o EI das regiões fronteiriças com a Síria e conhecer o paradeiro de nove militares sequestrados em 2014, que foram assassinados pelos jihadistas.

O acordo que pôs fim a uma semana de hostilidades, negociado entre o grupo libanês Hezbollah e o EI, permitiu a retirada de aproximadamente 600 pessoas do nordeste do Líbano, a metade deles combatentes, para o leste da Síria, o que causou polêmica tanto em Beirute como em Bagdá, no Iraque.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, qualificou de "inaceitável" este acordo para permitir a transferência de combatentes armados perto da fronteira iraquiana.

"Transferir grandes números de combatentes do grupo terrorista 'Daesh' (acrônimo em árabe para Estado Islâmico) para regiões fronteiriças com o Iraque é algo inaceitável", afirmou Abadi em uma coletiva de imprensa oferecida na noite de terça-feira em Bagdá.

Aoun fez referência à polêmica e pediu aos libaneses que "não permitam que as tensões políticas e acusações dos últimos dias manchem a vitória".

Acompanhe tudo sobre:TerrorismoEstado IslâmicoLíbano

Mais de Mundo

Ponte em Guizhou será a mais alta do mundo, com 625 metros de altura

Israel diz que busca 'acordo integral' e continua sem responder proposta aceita por Hamas

Governo dos EUA pode se tornar acionista de grandes empresas de armamentos, diz secretário

ONU exige responsabilização de Israel após ataque aéreo em Gaza; seis jornalistas morreram