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Rouhani diz que decapitações são preocupações da humanidade

Presidente do Irã disse que as ações vergonhosas do Estado Islâmico violam os princípios islâmicos


	Britânico David Haines momentos antes de sua execução por um militante do Estado Islâmico
 (SITE Intelligence Group/AFP)

Britânico David Haines momentos antes de sua execução por um militante do Estado Islâmico (SITE Intelligence Group/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 17h07.

Washington - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, denunciou as decapitações de pessoas inocentes conduzidas pelo Estado Islâmico, dizendo que as ações vergonhosas do grupo violam os princípios islâmicos, informou a NBC News em trechos de uma entrevista liberados na quarta-feira.

"Do ponto de vista da doutrina islâmica, matar um povo inocente é igual a matar a humanidade inteira", disse Rouhani ao canal de televisão, de acordo com a NBC.

"E portanto, os assassinatos e decapitações de pessoas inocentes são dignos de vergonha para eles e motivos de preocupação e tristeza para toda a humanidade."

Os comentários de Rouhani fazem referência às decapitações dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff.

Na semana passada, um vídeo que mostrava a decapitação do refém britânico David Haines também surgiu na Internet. Outros reféns também já foram mortos pelos militantes islâmicos.

A entrevista de Rouhani em seu palácio em Teerã acontece antes de sua visita na semana que vem a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU, onde muitas das discussões devem girar em torno do combate ao Estado Islâmico.

Os Estados Unidos estão tentando construir uma coalizão internacional para combater o grupo militante, mas o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta semana que havia rejeitado a proposta de Washington para conversar sobre a questão.

Nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que até agora 40 nações já se comprometeram a ajudar. Obama deve se encontrar com sua equipe de segurança nacional ainda na quarta-feira para discutir a reunião da ONU sobre o Estado Islâmico, informou a Casa Branca.

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