Confrontos no Iêmen: no atentado ficaram gravemente feridos o presidente da Câmara Alta do Parlamento, Yehia al Rai, e o governador de Sana, Neeman Duid (Arquivo/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2011 às 12h53.
Taiz - O governante iemenita, Ali Saleh, ficou levemente ferido nesta sexta-feira pelos destroços de um projétil que atingiu o complexo presidencial em Sana, informou à Agência Efe um ajudante do chefe do Estado que pediu anonimato.
Anteriormente, fontes da Presidência haviam negado que Saleh estivesse no interior do complexo e que tivesse sido atingido durante a série de explosões registradas nesta sexta-feira na capital iemenita.
A fonte afirmou que Saleh sofreu ferimentos na parte traseira da cabeça e que foi atendido no próprio palácio presidencial. Além disso, destacou que cinco seguranças do presidente morreram pela explosão registrada fora de uma pequena mesquita que fica no complexo.
Anteriormente, fontes governamentais tinham negado que Saleh estivesse no interior do complexo e que teria sido alcançado durante a série de explosões que sacudiu a capital iemenita.
Além disso, anunciaram que Saleh pronunciaria um discurso em breve na televisão estatal, o que ainda não aconteceu.
O ajudante do presidente acrescentou que no atentado ficaram gravemente feridos o presidente da Câmara Alta do Parlamento, Yehia al Rai, e o governador de Sana, Neeman Duid.
O primeiro-ministro e o presidente da câmara baixa do Parlamento, entre outros funcionários do Governo, sofreram ferimentos leves.
Os feridos foram transferidos a um hospital onde se costuma atender altos comandantes do Exército e personalidades políticas.
O Ministério da Defesa acusou em comunicado os seguidores do líder da tribo Hashed, Sadeq al Ahmar, um dos homens fortes da oposição, de estarem por trás dos ataques desta sexta-feira.
Testemunhas revelaram à Efe que, durante os enfrentamentos, a casa de seu irmão mais novo, Hamid al Ahmar, principal incitador das revoltas contra Saleh, foi bombardeada.
Os choques armados entre as forças do regime e os partidários de Al Ahmar tiveram início em 23 de maio, depois que o presidente iemenita se recusou pela terceira vez a assinar uma iniciativa apresentada pelos países do Golfo Pérsico para uma transferência pacífica do poder.
Por outro lado, em Taiz, no sul, o número de mortos durante os protestos desta sexta-feira subiu para cinco - três recrutas da Polícia e dois opositores - e o de feridos para 27, em um ataque de uma tribo opositora, segundo fontes do hospital militar da cidade.