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Presidente do Iêmen diz que diálogo é única saída para crise

Em seu discurso, Saleh afirmou que convida "todas as tendências políticas ao diálogo"

Presidente iemenita também fez um apelo à calma (Mohammed Huwais/AFP)

Presidente iemenita também fez um apelo à calma (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2011 às 16h46.

Sana - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, reiterou neste domingo que o diálogo é a "única saída" para a crise que seu país vive, em discurso feito em Riad, onde se recupera dos ferimentos sofridos em um atentado perpetrado em 3 de junho.

Em seu discurso, divulgado pela agência oficial de notícias "Saba", Saleh afirmou que convida "todas as tendências políticas ao diálogo" baseado "em conceitos nacionais e na Constituição".

O presidente iemenita também fez um apelo à calma, visto que "violência só gera violência, conflitos políticos e guerra", segundo o discurso que deu por ocasião do começo do mês do Ramadã, nesta segunda-feira.

"Outra vez peço para que o passado seja superado e que o mês do Ramadã seja uma oportunidade para que todos se unam para o diálogo, a tolerância e o fim da tensão nas cidades, nas estradas, nas praças e nas avenidas", declarou.

Sobre a transferência de poder, Saleh reiterou seu compromisso com uma iniciativa dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), assinada pela oposição iemenita, mas que foi rejeitada pelo presidente em três ocasiões.

A proposta do CGG estipula uma transferência do poder ao vice-presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, no prazo de um mês após sua assinatura e a realização de eleições dois meses depois.

Saleh também afirmou que não se pode mudar o regime mediante o uso da violência, e insistiu na realização de uma votação.

O presidente iemenita viajou em 4 de junho à Arábia Saudita, um dia após ser ferido em um atentado contra o Palácio Presidencial no qual morreram sete guarda-costas e outros dirigentes sofreram ferimentos.

Desde então, o presidente foi submetido a oito operações no hospital militar de Riad, segundo detalhou o próprio no primeiro discurso que deu, em 7 de julho.

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