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Presidente do Haiti amplia mandato por mais 3 meses

Processo eleitoral foi atrasado no país devido a denúncias de irregularidades pela OEA

René Préval, presidente do Haiti: Baby Doc e Aristide também querem concorrer no pleito (Chris McGrath/Getty Images)

René Préval, presidente do Haiti: Baby Doc e Aristide também querem concorrer no pleito (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 08h30.

Brasília - O presidente do Haiti, René Préval, decidiu prorrogar o mandato por mais três meses, até 20 de março, quando ocorre o segundo turno das eleições presidenciais. O mandato dele acabaria no final deste mês. O responsável pelo gabinete de Préval, Fritz Longchamp, disse que o presidente deixa o poder em 14 de maio. Houve um atraso no processo eleitoral no país, depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) constatou irregularidades no primeiro turno.

O prolongamento do mandato foi possível devido a uma lei aprovada depois do terremoto de 12 de janeiro de 2010 – que destruiu o país e matou mais de 220 mil pessoas. O segundo turno das eleições põe na disputa dois candidatos de oposição - a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o músico popular Michel Martelly, conhecido como Sweet Micky.

Paralelamente, ex-presidentes do Haiti que foram expulsos do país por pressão popular sinalizam que querem participar do processo político. Em janeiro, o ex-presidente Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, retornou ao país. Ontem (7) ele disse que sonha com “uma reconciliação nacional” unindo “todos os antigos chefes de Estado”.

“Prevejo essa possibilidade de todos os antigos chefes de Estado poderem formar um grande conselho com o objetivo de promover a reconciliação nacional e o desenvolvimento do Haiti”, disse o ex-presidente, que é acusado de corrupção e violação de direitos humanos, inclusive torturas e assassinatos.

O ex-presidente Jean Bertrand Aristide, também alvo de uma série de denúncias, indicou que pretende retornar ao Haiti. Exilado na África do Sul há quase sete anos, Aristide obteve ontem do governo Préval o passaporte diplomático, dando o direito a ele de regressar ao país.

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