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Presidente do Equador adverte Maduro que "tolerância tem limite"

Lenín Moreno deu declaração após presidente da Venezuela pedir que "cesse a perseguição" contra o ex-presidente do Equador, Rafael Correa

Lenín Moreno: "Somos um país de paz, somos um país tolerante, estamos atuando reativamente a respeito de temas internacionais, por respeito e tolerância, mas a tolerância tem um limite e, por favor, não o ultrapassem" (Mariana Bazo/Reuters)

Lenín Moreno: "Somos um país de paz, somos um país tolerante, estamos atuando reativamente a respeito de temas internacionais, por respeito e tolerância, mas a tolerância tem um limite e, por favor, não o ultrapassem" (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de julho de 2018 às 18h47.

Quito - O presidente do Equador, Lenín Moreno, defendeu nesta quinta-feira a política de não ingerência do seu país em relação à Venezuela, mas pediu ao governo venezuelano que não faça provocações porque "tolerância tem limite".

"Somos um país de paz, somos um país tolerante, estamos atuando reativamente a respeito de temas internacionais, por respeito e tolerância, mas a tolerância tem um limite e, por favor, não o ultrapassem", afirmou Moreno em um encontro com jornalistas estrangeiros hoje em Quito.

Moreno prosseguiu assegurando que o Equador é um país de "gente calma, cordial, amável, tolerante, respeitosa", mas advertiu que não deve ser provocado porque "também sabemos fazer de outra maneira".

As declarações do chefe do Estado equatoriano são divulgadas depois que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ontem que "cesse a perseguição" contra o ex-governante do Equador, Rafael Correa, requerido pela Justiça equatoriana em relação a um caso de sequestro de um ex-legislador opositor.

Como sinal de advertência, Moreno tachou hoje de "estrambólica" a democracia na Venezuela, "sem a participação da oposição, com uma possibilidade limitada da observação internacional".

"Isso não está dentro do que nós consideramos a norma da democracia", destacou, antes de expressar que essa preocupação foi expressada em fóruns internacionais.

No entanto, fez questão de ressaltar sua rejeição a qualquer intervenção militar nesse país para tentar mudar a situação.

O Equador expressou ontem sua enérgica rejeição às declarações de Maduro e do presidente da Bolívia, Evo Morales, que declarou que existe uma "ingerência dos EUA" para prender Correa, e convocou para consultas os embaixadores de ambas nações, assim como o representante diplomático em La Paz.

Em reação a essas declarações, Moreno também adiou a partida do embaixador equatoriano em Caracas.

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