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Presidente do BCE insiste na necessidade de países reduzirem seus déficits

Jean-Claude Trichet pediu que os países apliquem as medidas estipuladas pelo Eurogrupo no mês passado

Para Trichet, "há uma multidão de fatores" que influíram nesta situação e nas réplicas à crise gerada esse ano (Ralph Orlowski/Getty Images)

Para Trichet, "há uma multidão de fatores" que influíram nesta situação e nas réplicas à crise gerada esse ano (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 06h04.

Paris - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, insistiu nesta terça-feira na necessidade de os países reduzirem seus déficits e aplicarem "o mais rápido possível" as medidas estipuladas pelo Eurogrupo em 21 de julho.

"Esse é nossa mensagem central", afirmou em entrevista concedida à emissora francesa "Europe 1", na qual sustentou que a crise que atravessam os mercados "poderia ter sido a mais grave desde a Primeira Guerra Mundial se o conjunto dos responsáveis não tivesse tomado decisões muito importantes".

"Pedimos que as decisões que foram adotadas em 21 de julho sejam aplicadas o mais rápido possível", destacou o presidente da entidade, em referência à cúpula na qual os países da zona do euro acordaram o segundo resgate à Grécia e flexibilizar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Trichet defendeu "a redução dos déficits dos países, a aceleração das decisões que foram tomadas nesse momento e a garantia para o FEEF da possibilidade de intervir nos mercados secundários de obrigações".

"Em termos gerais, temos um problema de confiança na economia internacional", ressaltou o presidente do BCE, segundo o qual "há quatro anos atravessamos um período de tensão, que começou em 9 de agosto de 2007", data após a qual "houve uma sucessão de tensões".

Para Trichet, "há uma multidão de fatores" que influíram nesta situação e nas réplicas à crise gerada esse ano.

"Em conjunto, e particularmente desde o Lehman Brothers (o gigante bancário que se declarou em quebra em setembro de 2008), foi a crise mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. E poderia tê-lo sido desde a Primeira Guerra se o conjunto de responsáveis não tivesse tomado decisões muito importantes", avaliou.

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