Carstens defende maior representação dos países emergentes no organismo (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2011 às 09h57.
Londres - O presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, está confiante que receberá apoio das economias emergentes para sua candidatura como diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e rejeita a ideia que o organismo continuará liderado por um europeu enquanto a crise da zona do euro não for resolvida.
Em declarações ao "Financial Times", Carstens, de 52 anos, afirma sua intenção de impulsionar a causa dos países emergentes no FMI, dada sua crescente importância na economia mundial e explica que essas nações devem "ter maior representação".
Pouco antes, os diretores executivos do FMI que representam os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China), além da África do Sul, declararam "que a representação dos membros dos mercados emergentes e países em desenvolvimento na administração do banco é essencial para sua legitimidade e eficácia".
Tais declarações dos países do Bric parecem contradizer as afirmações de fontes francesas que apontou que a China apoia a candidata europeia, a francesa Christine Lagarde, para substituir seu compatriota Dominique Strauss-Kahn, atualmente em prisão preventiva nos Estados Unidos por um suposto delito de agressão sexual.
Desde a criação do FMI em 1945, um europeu sempre esteve à frente do órgão, mas os países emergentes acreditam que essa tradição está defasada.