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Presidente declara "estado de anarquia" nas Filipinas

Medida de aumentar presença de militares e da polícia em todo o país para combater terrorismo

Terrorismo: presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, olha pertences de vítimas de atentados (Reuters)

Terrorismo: presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, olha pertences de vítimas de atentados (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2016 às 09h16.

Manila, 3 set (EFE).- O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, declarou neste sábado o "estado de anarquia" no país após o atentado com bomba na noite de sexta-feira, na cidade de Davao, no sul do país, onde morreram pelo menos 14 pessoas e outras 67 ficaram feridas.

"Vivemos em tempos extraordinários. Estamos tentando lidar com esta crise agora. Parece haver um ambiente de anarquia", afirmou o líder filipino, durante uma aparição diante da imprensa no local do incidente, poucas horas depois da explosão, informou a imprensa local.

De acordo com o presidente, a medida envolve um aumento da presença de militares e da polícia em todo o país para combater a ameaça terrorista.

"Não estamos falando de lei marcial, mas vou solicitar as Forças Armadas e a polícia que controlem o país de acordo com minhas especificações".

"Tenho o dever de proteger o país e fazer com que a integridade da nossa nação fique intacta", disse o presidente, que no momento da explosão estava em Davao, sua cidade natal.

Já o conselheiro de paz da presidência das Filipinas, Jesus Dureza, esclareceu em comunicado que o "estado de anarquia simplesmente chama os militares e as Forças Armadas para realizar operações que normalmente só fariam a polícia".

Por sua vez, o ministro do Interior das Filipinas, Mike Sueno, confirmou em uma entrevista à emissora local "DZRH" que as autoridades tinham recebido advertências sobre um possível ataque e que o grupo rebelde islamita Abu Sayyaf reivindicou a autoria do atentado com bomba.

"Esperávamos. Dois ou três dias atrás, recebemos relatórios de inteligência sobre isso", reconheceu Sueno.

O atentado acontece poucos dias depois que o governo das Filipinas anunciasse uma intensificação da ofensiva contra Abu Sayyaf, quando pelo menos 15 soldados morreram em confrontos com os insurgentes na cidade de Patikul, na província meridional de Sulu. EFE

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