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Presidente de Taiwan considera impossível invasão da China no curto prazo

Tsai considerou que a crise econômica, financeira e política afasta o espectro de um ataque de Pequim

Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan (Agence France-Presse/AFP Photo)

Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan (Agence France-Presse/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2023 às 18h31.

Última atualização em 29 de novembro de 2023 às 19h27.

A China não seria capaz de realizar a invasão de Taiwan no curto prazo devido aos desafios internos que Pequim enfrenta, opinou a presidente taiwanesa, Tsai Ing-Wen, em entrevista divulgada nesta quarta-feira, 29, na conferência DealBook Summit, em Nova York.

"Acredito que os líderes chineses neste momento estão sobrecarregados por seus desafios internos", disse Tsai nesta entrevista pré-gravada.

"Acho que talvez agora não seja o momento para que considerem uma invasão relevante de Taiwan", acrescentou.

Há duas semanas, os presidentes dos Estados Unidos e da China se reuniram em São Francisco, à margem da cúpula dos países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

O encontro entre Joe Biden e Xi Jinping tinha como objetivo, em particular, aliviar a tensão entre as duas grandes potências mundiais e evitar qualquer espiral de conflito.

Mas os dois governantes permanecem em lados opostos quanto à questão de Taiwan, apoiada por Washington, enquanto o presidente chinês afirmou a Biden que a reunificação da ilha autônoma com a China era "inevitável".

A China considera Taiwan como uma província rebelde que ainda não conseguiu reunificar com o resto de seu território desde o fim da guerra civil em 1949. Para a presidente de Taiwan, a China enfrenta, no entanto, uma crise econômica, financeira e política que, segundo ela, afasta o espectro de uma invasão.

Porém, Tsai Ing-Wen disse que Pequim ainda busca "interferir" nas eleições presidenciais que serão realizadas em janeiro em Taiwan.

"Em cada eleição importante em Taiwan desde 1996, foram vistas operações de influência semelhantes por parte da China", apontou, destacando o uso de ameaças militares e pressão econômica.

As eleições presidenciais taiwanesas são observadas de perto por Pequim e Washington, pois seu resultado pode determinar o futuro das relações entre a ilha e a China.

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