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Presidente de Belarus reconhece incorporação da Crimeia

"Hoje a Crimeia é parte do território da Rússia. Reconhecê-lo ou não, nada vai mudar", afirmou em entrevista Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus


	Crimeia comemora resultado do referendo: "Dizem que a Rússia tomou a Crimeia. Pois a culpa é dos políticos", afirmou Lukashenko
 (REUTERS/Thomas Peter)

Crimeia comemora resultado do referendo: "Dizem que a Rússia tomou a Crimeia. Pois a culpa é dos políticos", afirmou Lukashenko (REUTERS/Thomas Peter)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 11h59.

Moscou - O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, afirmou neste domingo que seu país reconhece 'de fato' a incorporação da Crimeia à Rússia, mas ressaltou que não tem a obrigação de fazê-lo formalmente.

'Hoje a Crimeia é parte do território da Rússia. Reconhecê-lo ou não, nada vai mudar. Ninguém nos exige reconhecer ou não apoiar sua entrada na Rússia', disse o líder bielorrusso em entrevista coletiva na capital Minsk.

Lukashenko afirmou que, em sua opinião, a situação da Crimeia 'vai se desenvolver de fato' e que Belarus vai continuar apoiando a política da Rússia.

'Estamos unidos à Rússia por meio de acordos. Estaremos com a Rússia, e é um tema sobre o qual é preciso deixar de especular. Desenvolveremos uma política ponderada, mas quando for necessário, nos colocaremos sempre junto da Rússia. Disse isso a (o presidente russo, Vladimir Putin', ressaltou.

Lukashenko responsabilizou as novas autoridades da Ucrânia por terem provocado os crimeanos para que expressassem por meio de uma consulta popular seu desejo de independência e posterior adesão à Rússia.

'Dizem que a Rússia tomou a Crimeia. Pois a culpa é dos políticos. A Rússia viu o que acontecia. Há 2,5 milhões de russos na Crimeia, e a Rússia interveio. Mas o motivo e a causa foram dados pelas autoridades' da Ucrânia, argumentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou na sexta-feira a incorporação da República da Crimeia e o porto de Sebastopol à Rússia e deu por encerrado este processo, apesar do vendaval de críticas da comunidade internacional e dos protestos da Ucrânia, que tacham de anexação a união da península à federação russa. EFE

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