Washington - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu uma ajuda maior dos Estados Unidos, incluindo armas, em uma visita nesta quinta-feira ao Congresso norte-americano, onde foi recebido calorosamente, mas a oferta mais recente dos EUA não incluiu o armamento que ele deseja.
“Por favor me entendam corretamente. Cobertores, óculos de visão noturna também são importantes. Mas não se vence uma guerra com cobertores”. E acrescentou: “Mais que isso, não podemos manter a paz com um cobertor”.
Saudado por congressistas que querem armar a ex-república soviética, Poroshenko declarou que suas forças "precisam de mais equipamento militar, tanto letal quanto não-letal – urgentemente".
Tendo recebido a honra de discursar às duas casas do Congresso, refletindo o apoio dos Estados Unidos à luta de seu país contra os separatistas amparados pela Rússia, ele afirmou que Washington deveria aplicar mais sanções a Moscou e dar à Ucrânia um status especial de segurança.
Enquanto ele falava, o governo do presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu 53 milhões de dólares em ajuda, a maior parte relacionada à segurança, mas não armas.
O pacote inclui equipamentos anti-morteiro de detecção por radar - usados para localizar disparos de artilharia no ar-, veículos de patrulha e de transporte, equipamento de vigilância, vestimentas de detecção de explosivos, equipamentos de blindagem, rações e equipamento para desarmar minas.
A Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), receosa de ser arrastada para um conflito com a Rússia no leste ucraniano, decidiu não enviar armas para a Ucrânia, que muitas vezes se viu menos bem armada que os separatistas.
Poroshenko contextualizou historicamente os combates na Ucrânia, que classificou como “a história mais heroica da última década”.
“O desfecho da guerra atual irá determinar se seremos forçados a aceitar a realidade de uma Europa mergulhada na escuridão, dividida e amarga como parte da nova ordem mundial”, declarou.
Ele insistiu que a Ucrânia jamais aceitará a anexação russa da Crimeia, que chamou de “um dos atos de traição mais cínicos da história moderna”.
Poroshenko, que assumiu como presidente em junho e espera consolidar sua autoridade em uma eleição parlamentar em 26 de outubro, visitou a Casa Branca para conversas com Obama depois do discurso ao Congresso.
O líder pró-ocidente pediu um cessar-fogo em 5 de setembro, que se mantém apesar da fragilidade.
Na quarta-feira o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniouk, pediu às forças do governo que permaneçam em alerta máximo, já que combates na cidade de Donetsk, tomada pelos rebeldes, mataram pelo menos dois civis.
Moscou nega que suas unidades militares estejam envolvidas em conflitos na Ucrânia.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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10/13 (gett)
Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)