Mundo

Presidente da Turquia insinua mudança de postura sobre EI

Parlamento turco estudará no dia 2 de outubro se apoiará a coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra o Estado Islâmico


	O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan:"não assinamos a declaração de Jeddah porque tínhamos 49 reféns nas mãos do EI. Agora as condições mudaram"
 (Yiannis Kourtoglou/AFP)

O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan:"não assinamos a declaração de Jeddah porque tínhamos 49 reféns nas mãos do EI. Agora as condições mudaram" (Yiannis Kourtoglou/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 15h37.

Ancara,- O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, insinuou nesta sexta-feira em Istambul uma mudança de postura da Turquia em relação ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e solicitou uma zona de exclusão aérea na fronteira com a Síria.

"Não assinamos a declaração de Jeddah, rubricada por 40 países (contra o EI), porque tínhamos 49 reféns nas mãos do EI. Agora as condições mudaram", explicou.

O parlamento turco estudará no dia 2 de outubro se apoiará a coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra o Estado Islâmico.

"Nossa posição mudou. O que vai acontecer será outra coisa completamente diferente", declarou.

Erdogan destacou que a Turquia fará tudo o que for possível para garantir a segurança na fronteira com a Síria. Para isso, pediu uma "zona de exclusão aérea" e uma "zona segura na parte síria da fronteira".

O presidente islamita acrescentou que, como país muçulmano, a Turquia não pode ficar à margem das ações contra o EI enquanto o mundo cristão atua para deter as atrocidades cometidas pelo grupo.

Sem especificar as circunstâncias da negociação, na semana passada a Turquia conseguiu a liberação de 49 reféns, sequestrados pelo Estado Islâmico em Mossul (Iraque) desde junho.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEuropaSíriaTurquia

Mais de Mundo

Chanceler do Egito alerta para risco de 'guerra regional total'

Bolívia denuncia "atos de desestabilização" de Evo Morales para ONU e CIDH

Hezbollah anuncia 'nova fase', e declara 'guerra indefinida' a Israel

Netanyahu diz que só metade dos 101 reféns em Gaza está viva, segundo imprensa local