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Presidente da Turquia fecha milhares de escolas no país

Primeiro decreto do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, após decretar estado de emergência, foi mandar fechar milhares de escolas


	Escola na Turquia: milhares de escolas privadas, centros de caridade e outras instituições no país foram fechadas por decreto
 (MEHMET ENGIN/AFP/Getty Images)

Escola na Turquia: milhares de escolas privadas, centros de caridade e outras instituições no país foram fechadas por decreto (MEHMET ENGIN/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2016 às 18h23.

O presidente Tayyip Erdogan determinou hoje (23) o fechamento de milhares de escolas privadas, instituições de caridade e outras instituições do país. A medida faz parte do primeiro decreto assinado pelo presidente turco desde o estabelecimento do estado de emergência na nação.

O estado de emergência foi estabelecido pelo presidente turco na última quinta-feira (21). O objetivo é erradicar os supostos inimigos do Estado que, na opinião do presidente turco, são os responsáveis pelo fracassado golpe de Estado ocorrido no último dia 15, quando uma facção das forças armadas da Turquia usou tanques, aviões e helicópteros para tentar derrubar o presidente do país.

O estado de emergência de três meses dá ao presidente e seu gabinete novos poderes para que Tayyip Erdogan possa enfrentar  uma iminente "ameaça à democracia".

As autoridades turcas também detiveram  um sobrinho de Fethullah Gulen, o clérigo muçulmano que vive nos Estados Unidos, e que é acusado pelo presidente da Tarquia de orquestrar a tentativa de golpe.

O presidente Tayyip Erdogan também vai iniciar a reestruturação das Forças Armadas, depois que milhares de oficiais e praças foram presos.

As escolas e as Forças Armadas estão sob suspeitas das autoridades turcas uma vez que há indícios de que Gulen teria forte influência sobre elas. Gulen nega qualquer envolvimento na tentativa de golpe de Estado em que pelo menos 246 pessoas foram mortas.

O sobrinho de Gulen, Muhammed Sait Gulen, também foi detido em uma cidade do interior da Turquia e será trazido para a capital do país, Ancara, para interrogatório.

Segundo a agência estatal turca Anadolu, entre as possíveis acusações que poderiam ser feitas contra ele é a de que é membro de uma organização terrorista.

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