O atual presidente da Libéria, Joseph Boakai (John Moore/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 9 de julho de 2024 às 16h27.
O atual presidente da Libéria, Joseph Boakai, anunciou que irá reduzir seu salário em 40%. De acordo com o gabinete do chefe de Estado, ele espera que corte estabeleça um precedente para uma "governança responsável", além de demonstrar "solidariedade" aos liberianos.
A Libéria possui o 14º menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do mundo, segundo o relatório Perspectivas da Economia Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), e os salários de governantes vêm sendo questionados, diante do aumento das reclamações de liberianos sobre o aumento do custo de vida.
O atual presidente do país afirmou em fevereiro que seu salário anual era de US$ 13.400. Com a redução, o montante irá ser cortado para US$ 8.000.
Boakai não foi o único presidente da Libéria que promoveu uma redução como esta. George Weah, ganhador da Ballon D'or e ex-presidente do país, cortou o próprio salário em 25% em 2018.
Apesar da atitude ter sido elogiada por uma parte da população do país, outras pessoas apontaram que, mesmo com o corte no salário, Boakai já recebe inúmeros benefícios por ser o presidente, como cobertura médica. De acordo com a BBC, o orçamento do gabinete presidencial na Libéria é de quase US$ 3 milhões este ano.
Boakai foi eleito em novembro do ano passado, após derrotar o então presidente e ex-astro do futebol, George Weah, em uma das disputas eleitorais mais acirradas dentro do pequeno país africano. No final, Boakai conseguiu 50,64% dos votos, enquanto Weah garantiu 49,36%.
Boakai também atuou por 12 anos como vice-presidente de Ellen Johnson Sirleaf, a primeira mulher a ser eleita chefe de estado no continente africano. Ele tomou posse do governo em 22 janeiro de 2024.