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Presidente da Itália diz que há forças capazes de assumir governo

Giorgio Napolitano disse que membros da oposição se comprometeram a tomar as ações necessárias para ajudar o país a deixar a crise

Napolitano, presidente da Itália: conversa com Berlusconi e com a opoisção (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Napolitano, presidente da Itália: conversa com Berlusconi e com a opoisção (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 16h47.

Roma - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou nesta terça-feira que o país conta com forças políticas capazes de assumir o governo caso haja um agravamento de sua crise econômica e financeira.

Em nota oficial, Napolitano disse considerar 'improrrogável' a adoção das reformas econômicas anunciadas pelo Governo em carta enviada às autoridades europeias.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, 'confirmou sua própria intenção de proceder neste sentido', acrescentou o presidente.

No entanto, Napolitano disse que 'vários representantes dos grupos de oposição manifestaram a ele a disponibilidade de assumir as responsabilidades necessárias em caso de um agravamento da crise'.

'No atual e crítico momento, o país pode contar com um amplo arco de forças sociais e políticas cientes de uma nova perspectiva e que compartilham com o restante da Europa, a opinião internacional e os operadores econômicos e financeiros a ideia de que devem ser realizadas novas eleições com urgência na Itália', acrescentou.

O chefe de Estado afirmou ainda considerar que seu dever é verificar as condições 'para que essa perspectiva se concretize'.

O secretário-geral do Partido Democrata (PD), Pierluigi Bersani, se ofereceu nesta terça a Napolitano para assumir 'a responsabilidade necessária' frente ao agravamento da crise econômica italiana.

Em conversa por telefone, Bersani ofereceu a Napolitano a disponibilidade do PD e das forças de oposição de assumir tal responsabilidade.

Por outro lado, empresários e banqueiros italianos desafiaram hoje Berlusconi a verificar 'se há condições de o país assumir imediatamente as medidas (econômicas) necessárias' e, se não houver, renunciar 'pelo bem da Itália'. 

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