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Presidente da Indonésia dá ordem controversa à polícia

"Sejam firmes, especialmente no caso de traficantes estrangeiros que entram no país e resistem, matem-nos, não mostrem piedade", ordenou

O presidente da Indonésia, Joko Widodo (Getty Images/Getty Images)

O presidente da Indonésia, Joko Widodo (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 22 de julho de 2017 às 16h09.

Última atualização em 22 de julho de 2017 às 16h14.

Jacarta - O presidente da Indonésia, Joko Widodo, ordenou às forças de segurança que endureçam suas ações e disparem contra os traficantes que resistirem à detenção, informaram neste sábado meios de comunicação locais.

"Sejam firmes, especialmente no caso de traficantes estrangeiros que entram no país e resistem, matem-nos, não mostrem piedade", disse Widodo durante um discurso ontem à noite em Jacarta, segundo o jornal "The Jakarta Post".

O chefe da Polícia Nacional, Tito Karnavian, indicou posteriormente que instruiu seus agentes para que não vacilem na hora de disparar e citou as Filipinas como um exemplo de efetividade na luta contra o narcotráfico.

Karnavian é partidário de aplicar no país a "guerra contra as drogas" promovida pelo presidente filipino, Rodrigo Duterte.

A campanha de Duterte, muito criticada pela ONU e grupos defensores dos direitos humanos, já deixou mais de 7.000 mortos, metade deles supostamente após resistir à polícia, e conseguiu 86.900 detenções.

As declarações de Widodo são divulgadas depois de a polícia da Indonésia confiscar na semana passada uma tonelada de metanfetamina, a maior apreensão da história do país, em uma operação que terminou com um narcotraficante morto e três detidos, todos eles taiwaneses.

A legislação indonésia é uma das mais duras do mundo em relação ao tráfico de entorpecentes e contempla a pena capital por meio de pelotão de fuzilamento, com vários estrangeiros executados nos últimos anos por este delito, entre eles os brasileiros Rodrigo Gularte e Marco Acher. EFE

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