Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira que se recupera bem da cirurgia para a retirada da próstata por causa de um pequeno tumor cancerígeno, enquanto começou a retomar as suas atividades de rotina.

O mandatário permanecerá dois ou três dias na clínica em que foi operado, no norte de Bogotá, mas continuará exercendo suas funções durante sua recuperação, descartando que seu vice-presidente, Angelino Garzón, assuma temporariamente a Presidência.

Garzón se recupera de um acidente vascular cerebral sofrido em junho que limitou seus movimentos.

"Graças a Deus tudo saiu bem e estou me recuperando satisfatoriamente. Estamos muito agradecidos, minha família e eu, por todo o apoio", disse o mandatário no Twitter.

O médico responsável pelo procedimento, o urologista especializado em oncologia Felipe Gómez, afirmou que a intervenção cirúrgica "aconteceu de maneira usual, com sucesso, sob anestesia local como havia sido planejado." O médico revelou que o presidente ficou consciente durante todo o procedimento e que a recuperação foi satisfatória.

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"A evolução tem sido desde todos os pontos de vista muito satisfatória. A dor está controlada, conseguiu sentar na cama, teve tontura ao se sentar, o que é normal no pós-operatório, seus sinais vitais têm estado estáveis", garantiu Gómez.

O médico antecipou na terça-feira que Santos não precisará de tratamentos adicionais como quimioterapia ou radioterapia.

A Presidência informou que Santos "tem retomado suas atividades desde a intervenção cirúrgica à qual foi submetida nesta manhã." Santos se comunicou por telefone com alguns de seus ministros para se informar de assuntos do governo e recebeu visitas de alguns de seus colaboradores mais próximos, afirmou a Presidência.

Também recebeu um telefonema do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e uma mensagem do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que desejaram ao mandatário colombiano uma boa recuperação.

Santos dedicou parte da tarde à revisão e assinatura de decretos, revelou a Presidência.

O economista de 61 anos educado nos Estados Unidos e no Reino Unido disse na segunda-feira, quando anunciou o tumor, que estava tranquilo e confiante de que ficará totalmente curado.

A equipe médica recomendou a Santos que não viaje nas próximas três semanas.

O colombiano é o mais recente líder da América Latina diagnosticado com câncer, após o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e do Brasil, Dilma Rousseff, além dos ex-mandatários Luiz Inácio Lula da Silva e do paraguaio Fernando Lugo.