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Presidente da Colômbia decreta 'desastre' nacional por chuvas e escassez de alimentos

Os níveis de chuva registrados em 2022 "são os mais altos nos últimos 40 anos", disse Petro aos jornalistas em Bogotá

Segundo o presidente, as precipitações já deixaram 266 mortos e ao menos 800 municípios afetados. (Henry Romero/Reuters)

Segundo o presidente, as precipitações já deixaram 266 mortos e ao menos 800 municípios afetados. (Henry Romero/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de novembro de 2022 às 18h33.

Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 18h54.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou nesta terça-feira (1º) situação de "desastre" nacional devido à quantidade de chuvas, a mais alta em quatro décadas, responsável por dezenas de mortes e a perda de safras de alimentos durante o ano.

Os níveis de chuva registrados em 2022 "são os mais altos nos últimos 40 anos", disse Petro aos jornalistas em Bogotá. Segundo o presidente, as precipitações já deixaram 266 mortos e ao menos 800 municípios afetados.

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Também "há uma perda ostensiva de colheitas que agrava a situação dos preços dos alimentos", que já vinham em alta pela inflação e a desvalorização da moeda local frente ao dólar.

O governo culpa o fenômeno La Niña, causado pelo resfriamento cíclico do Oceano Pacífico, e à mudança climática pela quantidade incomum de chuva que caiu no país.

Com a declaração de emergência, Petro pretende entregar cerca de 100 dólares mensais, metade de um salário-mínimo, às mães que são chefes de família para que alimentem seus filhos. Também prevê subsidiar 100% dos fertilizantes para os camponeses.

Além disso, Petro ordenou a criação de "comitês" contra a fome dedicados a oferecer as três refeições do dia para moradores de bairros e zonas rurais afetadas pelas inundações e pela perda de plantações.

A Colômbia registrou em setembro inflação de 11,4% a 12 meses, a mais alta nos últimos 23 anos. Os alimentos foram os produtos que mais encareceram.

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