Xi Jinping: a conferência deste ano acontece após a entrada em vigor de uma nova lei no país (Aly Song/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 10h57.
Pequim - O presidente da China, Xi Jinping, pediu por uma governança "mais justa e igualitária" da internet no mundo durante a abertura de uma conferência estatal que tenta impulsionar sua visão alternativa para a rede mundial de computadores.
Em um comentário transmitido por vídeo, o dirigente afirmou que a China irá trabalhar para assegurar "soberania cibernética", a ideia de que os países tem controle absoluto sobre seu espaço virtual.
Em seu terceiro ano, a conferência mundial de Wuzhen sobre a internet permanece como uma anomalia: uma convocação para as maiores empresas mundiais do ramo em uma vila turística rústica, organizada pelo órgão mais sofisticado de censura do mundo, a Administração do Ciberespaço da China.
A conferência deste ano acontece após a entrada em vigor de uma nova lei no país, que atraiu protestos por parte de grupos de comércio norte-americanos.
Ela congregou executivos de empresas como o Facebook, Microsoft, International Business Machines (IBM), Intel e Tesla Motors, entre outros, além de integrantes das maiores indústrias locais do ramo.
Ainda assim, ela é menor do que a do ano passado, talvez um reflexo do crescimento do ceticismo de que as visões dos EUA e da China sobre o tema possam convergir.
Durante a primeira conferência de Wuzhen, em 2014, organizadores tentaram angariar apoios subscritos em favor do princípio de soberania cibernética por parte dos participantes estrangeiros.
A declaração foi descartada após parte dos convidados protestarem. Desde então, os organizadores têm sido mais sutis em sua abordagem.
Fonte: Dow Jones Newswires.