Obama se reúne com John Boehner (esq.), presidente da Câmara dos Representantes para tratar do aumento do teto da dívida (Jewel Samad/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2011 às 18h53.
Washington - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, negou nesta quarta-feira ao líder Barack Obama a permissão para fazer um discurso no Congresso americano sobre emprego, solicitado para o dia 7 de setembro.
Obama havia solicitado nesta quarta-feira, mediante carta ao republicano Boehner e ao líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, a autorização para discursar às duas casas legislativas na próxima quarta-feira para apresentar seu plano de fomento do emprego, em uma data que coincidia com a realização de um debate televisionado entre os candidatos republicanos à Presidência.
Em sua carta de resposta, Boehner indica ao presidente que é melhor realizar o discurso na quinta-feira, dia 8 de setembro, devido à complexidade do calendário.
Entre outras coisas, o presidente da Câmara justifica a recusa por problemas de tempo para preparar as medidas de segurança necessárias durante uma visita presidencial ao Congresso.
A negativa de Boehner representa um golpe público para a Casa Branca, que tinha divulgado o pedido de Obama antes de contar com o consentimento dos líderes das duas câmaras do Congresso.
Habitualmente, a Casa Branca e o Congresso negociam em privado uma data para este tipo de discursos antes de torná-los públicos.
Os discursos do presidente dos EUA para as duas casas do Congresso são pouco frequentes, com exceção do discurso sobre o Estado da União, feito tradicionalmente em janeiro, no qual o líder expõe seu programa de Governo para o ano.
Em sua carta aos líderes do Congresso, Obama explicava que apresentaria uma série de "propostas bipartidárias" que o Congresso pode adotar de maneira imediata para impulsionar a economia dos EUA.