Mundo

Presidente da Argélia pede a jihadistas que deixem as armas

Em sua mensagem, o chefe de Estado cumprimentou "a coragem e a abnegação" do exército e dos serviços de segurança que lutam contra o terrorismo


	Presidente Abdelaziz Bouteflika: a nova chamada acontece em um momento em que a Argélia caminha para uma nova crise, arrastada pela abrupta queda dos preços e o avanço do jihadismo
 (Louafi Larbi/Reuters)

Presidente Abdelaziz Bouteflika: a nova chamada acontece em um momento em que a Argélia caminha para uma nova crise, arrastada pela abrupta queda dos preços e o avanço do jihadismo (Louafi Larbi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 14h37.

Argel - O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, pediu novamente aos jihadistas nesta segunda-feira que deixem as armas e se somem à Carta da Paz e a Reconciliação Nacional oferecida há uma década.

"É também uma oportunidade para mim de renovar o chamado da pátria benigna aos extraviados que desejem se reintegrar e abandonar a via do crime. Reitero este pedido porque somos uma comunidade de crentes", afirmou Bouteflika em mensagem pelo aniversário do documento.

Em sua mensagem, divulgada pela agência oficial de notícias "APS", o chefe de Estado cumprimentou "a coragem e a abnegação" do exército e dos serviços de segurança que lutam contra o terrorismo.

A Carta pela Paz e pela Reconciliação Nacional foi promovida por Bouteflika e aprovada por maioria em um referendo popular em 29 de setembro de 2005.

Entre outras medidas, estabelece uma anistia aos membros dos grupos armados que renunciarem a suas atividades e se renderem.

A nova chamada acontece em um momento em que a Argélia caminha para uma nova crise, arrastada pela abrupta queda dos preços, o avanço do jihadismo, a incerteza em torno da saúde de seu presidente e ao mistério sobre sua possível sucessão.

Segundo números do próprio Ministério do Interior argelino, só no primeiro semestre de 2015 as forças de segurança neutralizaram e abateram mais de 200 supostos jihadistas em áreas próximas a Argel.

Neste contexto, o presidente demitiu em meados de setembro o todo-poderoso chefe dos serviços secretos argelinos, DRS, o general Mohamad Medine "Tawfik", que durante 25 anos exerceu o poder na sombra e era citado como seu possível sucessor.

Também caiu o general Hassan, chefe durante uma década da unidade de luta contra o terrorismo no seio de DRS.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaArgéliaIslamismoTerrorismo

Mais de Mundo

Brasil é vice-lider em competitividade digital na América Latina, mas está entre os 11 piores

John Thune é eleito líder dos Republicanos no Senado, apesar de pressão de aliados de Trump

Biden e Xi realizarão sua terceira reunião bilateral na reunião da APEC em Lima

Após três anos de ausência, Li Ziqi retorna e ganha 900 mil seguidores em um dia