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Presidente da Alemanha anuncia renúncia

Christian Wulff é acusado de corrupção e de tráfico de influência

'A Alemanha precisa de um presidente que conte com um amplo apoio da população', disse Wulff ao reconhecer que este não é o seu caso neste momento (Adam Berry/Getty Images)

'A Alemanha precisa de um presidente que conte com um amplo apoio da população', disse Wulff ao reconhecer que este não é o seu caso neste momento (Adam Berry/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 08h19.

Berlim - O presidente da Alemanha, Christian Wulff, anunciou nesta sexta-feira sua renúncia em uma breve declaração no Palácio de Bellevue, diante das acusações de corrupção e tráfico de influência que haviam contra ele.

A renúncia do governante alemão ocorreu depois que a Promotoria de Hannover, ao norte do país, solicitou na quinta ao Bundestag, o Parlamento alemão, que suspendesse a imunidade de Wulff para que fosse aberta uma investigação contra o presidente.

'A Alemanha precisa de um presidente que conte com um amplo apoio da população', disse Wulff ao reconhecer que este não é o seu caso neste momento, após a possível ação da Justiça.

'Estou convencido de que (as investigações) vão comprovar minha inocência', afirmou o já presidente demissionário, que afirmou ter sido 'sempre honrado' no exercício de suas funções como governante da Alemanha e anteriormente como líder do estado federado da Baixa Saxônia.

Wulff negou as acusações publicadas pela imprensa alemã durante os dois últimos meses e declarou que as notícias divulgadas 'feriram' ele e sua mulher.

As últimas acusações contra Wulff tiveram origem em sua etapa como governador da Baixa Saxônia, por suas relações com o produtor cinematográfico David Groenewold, que também é investigado.

Em 2007, Groenewold e Wulff passaram férias juntos na exclusiva ilha alemã de Sylt, que foram pagas pelo primeiro, embora o presidente tenha garantido que ressarciu aquele que qualificou como 'amigo pessoal'.

As férias aconteceram um ano depois que o governo da Baixa Saxônia, presidido por Wulff, aprovou a concessão de um milhão de euros a uma empresa de Groenewold.

A crescente polêmica por supostos casos de 'amizade' de Wulff explodiu em 13 de dezembro. Na ocasião, o jornal 'Bild' publicou que, quando era primeiro-ministro regional, havia aceitado um crédito privado de meio milhão de euros com condições bastante vantajosas de empresários amigos para adquirir uma casa.

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